Fred Moraes
Única News
O prefeito de Várzea Grande, Kalil Baracat (MDB), afirmou que na grade curricular da rede municipal de ensino não consta nenhum projeto ou planejamento baseado na suposta “Ideologia de Gênero”, que foi divulgada erroneamente por perfis de influenciadores da baixada cuiabana na internet, após um vídeo viralizar na internet.
Acontece que nesta semana, uma gravação publicada em uma rede social mostrou uma servidora pública transexual, que leciona na Escola Municipal Mercedes de Paula Soda, no bairro Jardim Paula I, em Várzea Grande, explicando para os alunos a importância do respeito às diferenças, à orientação e identificação sexual de cada indivíduo. A professora foi acusada, inclusive por políticos, de proferir uma “palestra” sobre identidade de gênero.
“Vou ser sucinto, não tem na grade curricular do município de Várzea Grande essa discussão de ideologia de gênero. Isso foi um caso isolado, qual foi contornado e quero deixar claro que nem eu, ou minha administração, temos preconceito. Mas, isso foi um caso isolado e não está na nossa grade curricular”, garantiu o prefeito nesta quarta-feira (26) em uma entrevista à TV Cidade Verde.
Ainda na terça-feira (26), a prefeitura havia se manifestado refutando as acusações. Por meio de nota, o município explicou que a Secretaria Municipal de Educação classificou a situação como um caso isolado e que não pratica ideologia de gênero nas unidades de ensino e órgãos municipais. Além disso, definiu os ataques como “polêmica desnecessária” que “nada contribui para a educação ou para a formação” dos estudantes.
“A politização em ano eleitoral visando caminhos transversos acaba provocando discussões desnecessárias como a atual, que em nada contribui para a educação ou para a formação de homens e mulheres, mas o Poder Público Municipal é vigilante e não irá permitir que transformem fatos isolados em crises políticas deflagradas por conceitos de direita ou de esquerda”, cita a nota.
O VÍDEO
Segundo informações, a ideia da palestra surgiu após um caso de bullying na unidade, envolvendo preconceito de gênero entre alunos. Para falar sobre a importância do respeito mútuo entre os colegas de escola, a servidora então falou de sua experiência pessoal e da aceitação quanto à sua própria opção sexual.
“A gente precisa entender que existem meninos e meninas e que isso (homossexualidade) pode ser construído com o tempo. Eu quando nasci, nasci do sexo masculino, e todo mundo já sabe, né? Porém, quando eu cresci, eu fui percebendo que eu me identificava como menina”, disse a servidora.
"Se um menino gosta de outro menino, se uma menina gosta de outra menina ou se gosta de menino e menina, isso importa a quem? Só a ele ou ela mesma”, disse em um trecho do vídeo.
ENTRE EM NOSSO CANAL AQUI
RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS NO WHATSAPP! GRUPO 1 - GRUPO 2 - GRUPO 3