Amanda Caroga
Única News
A cassação do mandato do deputado federal Neri Geller (PP) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta terça-feira (23), ganhou repercussão nacional após o progressista – que tenta uma vaga no Senado Federal pela chapa do ex-presidente Lula (PT) no pleito deste ano – ficar inelegível por 8 anos. De acordo com o colunista Tales Faria, do UOL Notícias, a decisão foi uma “tentativa bolsonarista de barrar a candidatura do aliado de Lula”.
Geller respondia por abuso de poder econômico, referente às eleições de 2018, quando foi eleito ao Congresso Nacional.
A ação estava sob a relatoria do ministro Mauro Luiz Campbell, e foi seguida por unanimidade.
Na coluna de Tales, ele atrela a decisão ao presidente Jair Bolsonaro (PL) – antigo aliado de Neri – que instruiu seus aliados a barrar a candidatura do principal articulador da campanha de Lula junto ao agronegócio de Mato Grosso.
A reportagem ainda cita que o progressista foi ministro da Agricultura da ex-presidente Dilma Rousseff (PL) e que agora disputa a eleição do Senado contra o atual senador Wellington Fagundes (PL), que tem o apoio de Bolsonaro.
“Capitaneados por Fagundes, os bolsonaristas conseguiram derrubar no Tribunal Superior Eleitoral um acórdão do Tribunal Regional do Mato Grosso (TRE-MT) que havia inocentado Geller da acusação de abuso de poder econômico na eleição de 2018”, escreveu o colunista.
Acusações contra Fagundes
Na quarta-feira (24), Neri convocou uma coletiva de imprensa onde acusou Wellington de estar por trás das articulações para barrar seu nome e enfatizou que o Ministério Público “induziu” os juízes ao erro, tornando a decisão que cassou seu mandato “injusta”.
À imprensa, o parlamentar ainda apresentou um documento da Polícia Civil com uma delação premiada em que um empresário acusa o senador Fagundes de ter recebido propina de R$ 1 milhão na campanha eleitoral de 2014. Como o inquérito estaria parado na polícia, o deputado disse que irá pedir ao Ministério Público que siga com a investigação.
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