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POLÍTICA Sexta-feira, 26 de Agosto de 2022, 15:05 - A | A

26 de Agosto de 2022, 15h:05 - A | A

POLÍTICA / “MP INDUZIU OS JUÍZES”

Nacionalmente, cassação de Neri é vista como tentativa bolsonarista de barrar aliado de Lula

Candidato que é um forte nome do agronegócio em Mato Grosso, recentemente se aliou à esquerda

Amanda Caroga
Única News



A cassação do mandato do deputado federal Neri Geller (PP) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta terça-feira (23), ganhou repercussão nacional após o progressista – que tenta uma vaga no Senado Federal pela chapa do ex-presidente Lula (PT) no pleito deste ano – ficar inelegível por 8 anos. De acordo com o colunista Tales Faria, do UOL Notícias, a decisão foi uma “tentativa bolsonarista de barrar a candidatura do aliado de Lula”.

Geller respondia por abuso de poder econômico, referente às eleições de 2018, quando foi eleito ao Congresso Nacional.

A ação estava sob a relatoria do ministro Mauro Luiz Campbell, e foi seguida por unanimidade.

Na coluna de Tales, ele atrela a decisão ao presidente Jair Bolsonaro (PL) – antigo aliado de Neri – que instruiu seus aliados a barrar a candidatura do principal articulador da campanha de Lula junto ao agronegócio de Mato Grosso.

A reportagem ainda cita que o progressista foi ministro da Agricultura da ex-presidente Dilma Rousseff (PL) e que agora disputa a eleição do Senado contra o atual senador Wellington Fagundes (PL), que tem o apoio de Bolsonaro.

“Capitaneados por Fagundes, os bolsonaristas conseguiram derrubar no Tribunal Superior Eleitoral um acórdão do Tribunal Regional do Mato Grosso (TRE-MT) que havia inocentado Geller da acusação de abuso de poder econômico na eleição de 2018”, escreveu o colunista.

VEJA A COLUNA NA ÍNTEGRA AQUI

Acusações contra Fagundes

Na quarta-feira (24), Neri convocou uma coletiva de imprensa onde acusou Wellington de estar por trás das articulações para barrar seu nome e enfatizou que o Ministério Público “induziu” os juízes ao erro, tornando a decisão que cassou seu mandato “injusta”.

À imprensa, o parlamentar ainda apresentou um documento da Polícia Civil com uma delação premiada em que um empresário acusa o senador Fagundes de ter recebido propina de R$ 1 milhão na campanha eleitoral de 2014. Como o inquérito estaria parado na polícia, o deputado disse que irá pedir ao Ministério Público que siga com a investigação.

LEIA MAIS: Neri diz que MP "induziu" juízes ao erro e acusa WF de receber propina

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