Fred Moraes
Única News
O ex-secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), Neri Geller (PP), afirmou que não era a favor da realização do leilão pelo Governo Federal para compra de arroz importado, que acabou anulado devido a supostas irregularidades.
Durante sua oitiva na Comissão de Agricultura da Câmara Federal, nesta terça-feira (18), Neri explicou que a elaboração do leilão de 263 mil toneladas de arroz não contou com sua participação direta. Segundo ele, a confecção da disputa foi feita pelo gabinete de Fávaro e pela Casa Civil da Presidência. O ex-secretário declarou ter defendido uma redução da alíquota de importação do arroz para “estimular” a entrada de produtos do Mercosul.
“Teve uma elevação dos preços, sim. Não eramos totalmente a favor do leilão. A minha sugestão que coloquei era que retirássemos a TEC (Tarifa Externa Comum) de alíquota da importação de 12% para estimular a entrada fora do mercosul e manter o abastecimento no Brasil, mas fomos votos vencidos. Acabou com o leilão para a compra do arroz.”, disse Neri.
No depoimento, o ex-secretário disse que ficou “chateado” com sua exoneração do cargo — anunciada pelo ministro Carlos Fávaro depois de suspeitas de fraude no leilão para compra de arroz importado. A exoneração de Geller foi publicada em 12 de junho. A saída do secretário ocorreu após o governo federal anular o leilão para importar 263 mil toneladas de arroz. Na ocasião, o ministro da Agricultura disse que o próprio secretário havia pedido demissão. À imprensa, Geller negou ter pedido a saída da pasta.
“Eu não devo. E, por isso, que eu fiquei chateado, sim, com o ministro da Agricultura com a forma como eu saí do governo”, disse.
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