09 de Maio de 2025
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POLÍTICA Domingo, 28 de Abril de 2024, 15:05 - A | A

28 de Abril de 2024, 15h:05 - A | A

POLÍTICA / “PARECE ERA FEUDAL”

Onofre sobre eleições em VG: “Lá é um caso à parte, até o trânsito parece que tem legislação própria”

Ari Miranda
Única News



Em entrevista ao Podcast Política & Política, do Portal TV Única, o jornalista e analista político Onofre Ribeiro, avaliou o cenário político da cidade de Várzea Grande, classificando o município como um “feudo”, afirmando que a cidade parece ter uma lei própria 

A afirmação foi feita devido ao fato do município permanecer sob domínio e influência da família Campos, que há mais de cinco décadas vem se mantendo no poder direta e indiretamente, através dos irmãos Jayme e Júlio Campos e seus indicados à prefeitura local.

“Lá em Várzea Grande é um caso à parte. É um feudo, como era nos tempos da idade média, onde quem dava as ordens era o senhor feudal. E Várzea Grande tem um senhor feudal. É uma cidade que não [tem] uma prefeitura. É um lugar aonde atende interesses de uma camada social, política e econômica da cidade”, disse.

“A eleição em Várzea Grande não obedece um parâmetro. Ali é uma capitania hereditária”, completou.

O analista político disse ainda que o resultado da manutenção e ‘monopólio’ de um único grupo político no poder em Várzea Grande se tornou prejudicial ao desenvolvimento da cidade, que em tempos antigos, ostentou o título de “Cidade Industrial”.

“A cidade não tem vida econômica fora da prefeitura. Você não tem grandes empresas em Várzea Grande, e dificultam pra ter, porque se mexe no poder político, e o poder político lá é um poder que ‘não pode passar daqui, não pode passar dali’. É delimitado dentro de um cercado”, ressaltou.

Além disso, Onofre Ribeiro reiterou que, apesar dos tempos e do mundo terem mudado, muitos políticos várzea-grandenses acabaram “parando no tempo” com a velha forma de fazer política, se esquecendo de atender os anseios de um público esquecido: o eleitorado jovem da cidade.

“As eleições estão ficando cada dia mais diferenciadas. Nós não podemos mais olhar pra essa eleição como o mesmo olhar que olhamos as anteriores. O mundo mudou, o comportamento mudou, a expectativa mudou”, salientou.

“Várzea Grande tem uma camada de eleitores muito antigos, com 70, 75, 80 anos, que vota sistematicamente em uma direção. E você tem uma camada de jovens que não querem isso mais e estão esquecidos. E são eles que vão decidir essa eleição, independente de Jayme Campos, de Júlio Campos, independente do governador Mauro Mendes, de quem for”, concluiu.

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