Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍTICA Quinta-feira, 28 de Fevereiro de 2019, 17:46 - A | A

28 de Fevereiro de 2019, 17h:46 - A | A

POLÍTICA / AUDIÊNCIA PÚBLICA

Para evitar tragédias como em MG, Assembleia debate barragens de MT

Luana Valentim
Única News



O deputado estadual Wilson Santos (PSDB), promoveu, nesta quinta-feira (28), uma audiência pública, no auditório Licínio Monteiro da Assembleia Legislativa, para debater as “Barragens do Estado de Mato Grosso”.

O evento contou com a presença de representantes dos principais órgãos referentes ao assunto, como Defesa Civil, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (CREA) e a Associação Nacional de Mineração. Além de alunos do curso de Geologia da Universidade Federal de Mato Grosso.

Conforme Wilson, a audiência é para evitar que aconteça em Mato Grosso o mesmo que aconteceu nas cidades Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais, em que barragens se romperam, causando a morte de milhares de pessoas.

“Temos mais de 60 empresas e reservatórios em Mato Grosso. E se lá aconteceu, aqui também tem chances de acontecer. Então vamos ouvir as autoridades, professores, mestres, doutores e pós-doutores que nos orientarão qual caminho que o parlamento deva tomar”, disse.

O tucano lembrou que existe a lei 10.836, de sua autoria, que obriga os empreendimentos que possuam represas e reservatórias, a ter um sistema de alarme, um planejamento de evacuação de população, ter uma ligação efetiva com os municípios com a Defesa Civil municipal e estadual, bem como com o Corpo de Bombeiros.

Wilson destacou que o Brasil tem uma experiência extraordinária com construção, mas a história em manutenção é bastante caótica.

“Só em Mariana e Brumadinho foram quase 400 famílias e sonhos destruídos. A natureza agredida, enquanto o homem vai à lua, está indo a Marte, ainda se consegue matar gente soterrado. Então, se pudermos debater esse tema e aprender com essas duas grandes lições, talvez possamos evitar que aconteça aqui essa tragédia”, pontuou.

Perigo em MT

De acordo Marcio Correa de Amorim, chefe do serviço de segurança de barragens de mineração da gerencia regional e nacional de mineração em Mato Grosso, no Estado há entre 128 e 150 barragens. Dessas, 61 não estão cadastradas e 17 apresentam alto risco, sendo a maior concentração em Poconé e Livramento.

Ainda informou que há 32 barragens cadastradas em Poconé, 17 em Livramento, três em Cuiabá, três em Nova Xavantina e três em Vila Bela.

Já as não cadastradas, são 32 em Livramento, 24 em Poconé e três em Várzea Grande.

Vale ressaltar que, como foi informado na audiência pública, Mato Grosso é o 4º Estado com maior número de barragens no país e pode chegar ao 2º após as fiscalizações que estão sendo feitas.

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