Fred Moraes
Única News
Após a repercussão negativa de entidades sociais, o vereador por Cuiabá, Rafael Ranalli (PL), afirmou que alterará seu projeto de lei apresentado a Câmara Municipal em 31 de janeiro, que busca proibir a permanência de crianças na Parada do Orgulho LGBTQIA+, realizadas anualmente na capital sob aplicação de multa. Conforme o vereador, além da parada, pretende abranger outros eventos que possam ter ‘cunho sexual’, mas que a medida vem sendo debatida com os demais pares.
Em entrevista à Rádio Cultura FM nesta terça-feira (11), o vereador disse que após conversar com representantes da organização da parada, buscou ouvi-los, bem como a sugestão de outros vereadores. Ficou definido que o PL deve passar por mudanças, como os eventos e faixa etária.
“Cada um tem um ponto de vista, suas pautas. Não tem necessidade de ter criança lá. Tudo é evolução, estou ali e estou aprendendo. Já sentei e conversei com outros colegas, eles falaram sobre a questão de ampliação, eu concordo. Estou pensando em colocar emendas, colocar outras festas e eventos de conotação sexual. Eu estou evoluindo, de repente podemos proibir a presença de crianças até 12 anos. De 12 a 16, com presença dos pais e 16 a 18 com autorização dos pais”, disse o vereador.
Mesmo admitindo as mudanças, o vereador afirma que segue defendendo a mesma ideia, porque para ele, a parada ‘não é local para a parada’.
“Voce não controla todo mundo, tem um cara vestido de uma maneira mais agressiva, posturas inadequadas que crianças não podem ver, assim que eu penso. Você não tem controle sobre todo mundo. Não tem como controlar, tem pessoas mais ‘animadinhas’. Não custa nada deixar as crianças em casa, não é momento dela ali. Eu não sou contra a questão LGBT, não é isso. Meu desgosto atualmente é com a sexualização das crianças”, conclui.
O PROJETO
Apresentado no último dia 31 de janeiro, o projeto de lei buscava proibir a permanência de crianças na Parada do Orgulho LGBTQIA+. A medida prevê a restrição de menores de idade, independente de estarem acompanhadas pelo responsável, sob multa de até R$ 5 mil aos pais da criança e R$ 10 mil aos organizadores. Os valores arrecadados com as multas serão repassados para Conselho municipal da Criança e do Adolescente.
Conforme o Projeto de Lei, a proibição da permanência de crianças e adolescentes seda para “proteger a moral e a capacidade de inter-relacionamento social. O vereador cita que as paradas são locais ‘insalubres’ para menores de idade e que o evento se tornou local de prática de exposição do corpo, com constante imagem de nudez, simulação de atos sexuais e presença exagerada do consumo de bebidas alcoólicas.
“A exposição da criança ao evento supracitado é indesejável interferência em sua formação moral, podendo causar profundas lacerações e cicatrizes em sua futura personalidade. É dever do poder público garantir o bem estar da criança e do adolescente, em ambiente livre de violações aos seus direitos especiais. A criança e o adolescente são a base da sociedade do amanhã e da família das gerações futuras”, escreve o vereador na apresentação do projeto.
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