23 de Abril de 2025
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POLÍTICA Domingo, 23 de Fevereiro de 2025, 18:01 - A | A

23 de Fevereiro de 2025, 18h:01 - A | A

POLÍTICA / EM VISITA A CUIABÁ

Temer desconversa sobre “impeachment” de Lula e defende semipresidencialismo no Brasil

Segundo ex-presidente, presidencialismo se “esfarrapou”

Ari Miranda
Fred Moraes
Única News



Em visita a Cuiabá na semana passada, o ex-presidente Michel Temer (MDB), que assumiu a condução do Palácio do Planalto após a saída da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), afirmou que o país precisa de um novo sistema de governo, o chamado "semipresidencialismo".

A afirmação foi dada pelo ex-presidente no momento em que ele foi questionado por jornalistas sobre a possibilidade de um novo impeachment no Brasil - desta vez do presidente Lula da Silva (PT).

O pedido de impeachment do petista tramita no Congresso Nacional e, até o dia 29 de janeiro deste ano, já contava com 118 assinaturas de deputados federais – a maioria integrantes de partidos da direita brasileira – da qual 6 dos 8 deputados da bancada mato-grossense na Câmara Federal fazem parte.

Qustionado se a força da direita no Planalto poderia influenciar em um Impeachment de Lula, Temer evitou “apimentar” a polêmica, pregando o fim do presidencialismo no Brasil, bem como a instituição do sistema semipresidencialista.

“O impeachment sempre causa um certo trauma institucional. Não é sem razão, e aqui eu digo a vocês com muita tranquilidade, que eu tenho pregado o tema do chamado semipresidencialismo, exatamente para acabar com essa história do impeachment permanente”, disse Temer.

Pelo regime semipresidencialista, o presidente partilha o poder executivo com um primeiro-ministro e um conselho de ministros, sendo os dois últimos responsáveis perante o Poder Legislativo do estado, o que segundo Temer seria fundamental para acabar com pedidos sucessivos de impeachment por “mera insatisfação”, usando como exemplo a situação do ex-presidente Itamar Franco, que assumiu o Brasil após o impeachment de Fernando Collor de Melo, em 1992.

“No tempo do presidente Itamar Franco houveram mais de 300 pedidos de impedimento no país. Para mim, o presidencialismo se esfarrapou. E como se esfarrapou? É preciso caminhar para um outro sistema político. Agora, é uma questão a ser examinada pelo Congresso", ressaltou

Sobre a ideia de levar adiante o processo de impeachment de Lula, Temer se resignou a dizer apenas que o Congresso terá que analisar bem a questão antes de prosseguir com o assunto.

“É uma questão a ser examinada pelo Congresso. Se houver fatores determinantes para o julgamento [do presidente Lula], para a declaração de uma procedência de uma eventual acusação, você sabe que conversa isso pela Câmara, para depois ir para o Senado Federal. Mas o Congresso vai examinar, acho que com muita prudência e com muita moderação”, pontuou.

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