27 de Junho de 2025
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POLÍTICA Sexta-feira, 27 de Junho de 2025, 06:55 - A | A

27 de Junho de 2025, 06h:55 - A | A

POLÍTICA / COMPRA DE MEDICAMENTOS

Maluf diz que vai conversar com Abilio para Cuiabá voltar ao Consórcio de Saúde

Abilio deixou o consórcio afirmando que algumas compras teriam um sobrepreço de cerca de 200%.

Única News
Da Redação



Diante do desligamento de Cuiabá do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Rio Cuiabá (CISVARC), o conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), Guilherme Antonio Maluf, anunciou  nesta quinta-feira (26) que vai comversar com o prefeito Abilio Brunini para convencê-lo a permanecer no grupo.

Em reunião com prefeitos, Maluf destacou os benefícios da participação da Capital. “Cuiabá dentro do grupo traria uma economicidade muito grande para os outros municípios também. O prefeito pode somar e tenho certeza de que é muito bem-vindo”, afirmou o conselheiro.

O consórcio, que atende aproximadamente 1,1 milhão de habitantes, é apontado um modelo de compras compartilhadas para a Saúde de 13 cidades da Baixada Cuiabana.

Maluf sugeriu ainda que o TCE-MT avance na regulamentação e padronização do funcionamento desses consórcios. “Eles estão nos provocando com o ofício, eu vou levar isso ao colegiado dos conselheiros para que juntos possamos deliberar um termo de ajuste ou um manual que traga mais informações ao funcionamento desses consórcios”, explicou.

A prefeita de Várzea Grande, Flávia Moretti, destacou a economia gerada pelas compras conjuntas. “Viemos para trazer as demandas do município via consórcio e para mostrar a solidez do grupo, que vem crescendo de forma técnica, transparente, com eficiência nos pregões para aquisição coletiva de medicamentos e insumos, com descontos de 30% a 40%”.

José Domingos, presidente do CISVARC e prefeito de Nobres, reforçou a argumentação. “Várzea Grande e Cuiabá são os maiores demandadores de insumos, medicamentos, equipamentos, viaturas e isso faz com que o nosso volume de aquisição seja muito maior”, explicou.

De acordo com o secretário-executivo do bloco, Neurilan Fraga, a gestão atual já realizou cerca de R$ 300 milhões em compras, abrangendo diversas áreas da saúde.

Abilio justifica saída

CBN Cuiabá | Reprodução

ABÍLIO BRUNINI.jpg

Abilio Brunini

Em declaração na terça-feira (24), Abilio questionou a "lógica" de municípios menores administrarem entidades que incluem capitais com grande poder de compra, e oficializou o desligamento de Cuiabá do CISVARC (criado em 2019).

“Eu quero que um consórcio seja feito com os grandes municípios onde os pequenos municípios podem aderir, mas não podem presidir, não podem administrar o consórcio. Não tem um mínimo de lógica”, argumentou Brunini.

Ele citou um exemplo: “Um município com 25 mil habitantes, 30 mil habitantes, ele presidiu um consórcio aonde nós compramos – uma capital de 700 mil habitantes”.

O prefeito de Cuiabá defendeu que o poder de compra da Capital não era valorizado no modelo anterior. “A compra no atacado é nossa, é nós que oferecemos esse benefício para o consórcio de comprar mais barato. O consórcio sem a gente, ele não compra mais barato, compra mais caro”, afirmou.

A decisão de deixar o consórcio foi, segundo Brunini, reforçada por "uma série de compras irregulares" e um "sobrepreço de cerca de 200%" na aquisição de medicamentos e equipamentos, como uma cadeira de rodas que teria sido comprada por R$ 4.200, mas valeria R$ 1.000.

“Não houve nenhuma mudança no processo. Eu não me sinto à vontade em participar do consórcio dessa forma”, concluiu. Abílio Brunini reiterou que as compras de Cuiabá são "volumosas" e que o modelo atual "não traz nem uma diferença" para a Capital, indicando que não participarão a menos que o Governo do Estado subsidie e gerencie o consórcio.

 

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