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TECNOLOGIA Quinta-feira, 07 de Julho de 2016, 08:00 - A | A

07 de Julho de 2016, 08h:00 - A | A

TECNOLOGIA / ANONYMOUS

Contra limitação de internet, Anonymous divulga dados pessoais de diretores da Anatel



ANONYMOUS

 

A célula brasileira do grupo Anonymous divulgou nesta quarta-feira (06/07) informações pessoais do presidente João Rezende e diretores da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Dados como CPF, RG, data de nascimento, email corporativo e pessoal e endereço de residência foram reunidos e expostos numa pasta de acesso público.

A ação é considerada uma retaliação à tentativa de restringir o acesso da população à internet ao não proibir em definitivo as empresas de telefonia, reguladas justamente pela Anatel, cortarem a internet dos clientes assim que o limite de dados for atingido. As teleoperadoras foram impedidas por um "prazo indeterminado", em abril, de fixarem limites no fornecimento de internet fixa, mas ainda pressionam o governo por mudanças.

O post no Facebook inclui ainda algumas sugestões de ações que os seguidores da página da Anonymous poderiam executar para pressionar os diretores da agência de regulação, como cortar o serviço 3G e internet fixa dos executivos ou "encomendar 1 tonelada de areia e pedra" e pedir para um caminhão "descarregar na porta de casa" dos executivos.

A divulgação de dados pessoais da diretoria da Anatel não é a primeira ação promovida pelos Anonymous brasileiros. No fim de junho, os hackers anunciaram o "sequestro" de computadores da agência. Também pelo Facebook, o grupo escreveu que a senha só seria divulgada após a Anatel "tomar uma atitude e proíba de forma definitiva o limite de franquia para a internet fixa". Na sequência, o órgão ligado ao governo federal negou o ataque.

Em recente pesquisa feita pelo site do Senado, 99% dos que votaram se posicionaram contra a implantação de franquia para a internet fixa.

Enquanto a sociedade civil se organiza para não ter o direito de acesso à internet e informação cerceado, o presidente da agência disse que não pode impedir a forma como as empresas de telefonia cobram por seus serviços. O presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Claudio Lamachia, criticou o órgão regulador em audiência pública realizada em maio. “Precisamos avaliar o papel que vem sendo desempenhado pela Anatel. Ela deve atuar na defesa do consumidor, não como um sindicato das empresas de telefonia”, disse.

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