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Deolane Bezerra supostamente recebia R$ 5 mil mensais de aluguel de um comparsa do irmão de , Marcos Herbas Camacho, mais conhecido como Marcola, apontado como líder máximo do PCC (Primeiro Comando da Capital). A informação foi publicada pelo colunista Josmar Jozino, do UOL, nesta quarta-feira (11). A advogada e sua mãe, Solange Bezerra, foram presas no Recife numa operação contra organização criminosa acusada de envolvimento em jogos de azar e lavagem de dinheiro.
Preso em 2021 por suspeita de lavagem de dinheiro para o Primeiro Comando da Capital, Everton de Sousa, o Gordão, disse durante interrogatório que pagava a quantia pelo aluguel de um apartamento na Rua Anália Franco, no Tatuapé, zona leste de São Paulo. O Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) apurou que o imóvel era de Deolane Bezerra.
A Quem, a defesa da advogada diz não ter informações para dar no momento. A reportagem também procurou o Deic para saber detalhes, mas não obteve resposta até a conclusão desta nota. O espaço permanece aberto.
O depoimento de Gordão foi prestado em 5 de novembro de 2021 na 6ª Delegacia de Investigações sobre Facções Criminosas e Lavagem de Dinheiro, do Deic. Ele contou que pagava R$ 5 mil de aluguel pelo apartamento de Deolane e mais R$ 1,2 mil de condomínio.
O colunista diz, ainda, que a esposa de Gordão foi presa na mesma operação. Ela também foi interrogada e disse no Deic que o marido havia alugado o apartamento de Deolane Bezerra em contrato verbal, porque ele era amigo dela. A depoente não soube dizer, no entanto, o valor da locação.
O casal passou a ser investigado por lavagem de dinheiro após a prisão de dois homens flagrados com 199 tabletes de cocaína em abril de 2020, na região metropolitana de São Paulo. Com a droga, havia um bilhete com endereço relacionado a Everton.
Mandados de prisão temporária e de busca e apreensão no apê
Ainda segundo o colunista, os policiais foram ao apartamento para cumprir mandados de prisão temporária e de busca e apreensão, e a própria Deolane e uma de suas irmãs, também advogada, acompanharam a ação do Deic no apartamento.
No dia da operação, foram apreendidos porções de drogas, uma pistola Taurus furtada, um aparelho usado para bloquear sinal de telefone celular - muito utilizado pelas quadrilhas de roubos de cargas e assaltos a bancos -, cinco telefones celulares e um automóvel BMW.
Deolane não é investigada no inquérito do departamento paulista que apura lavagem de dinheiro.
Gordão não chegou a ficar um mês preso após a operação, e foi condenado a um ano em regime aberto apenas pelo porte de arma. A Justiça entendeu que as porções de drogas apreendidas no imóvel não configuraram crime de tráfico de entorpecentes. A mulher dele já estava livre.
Suspeito de lavar dinheiro para Marcolinha
O Deic segue investigando Gordão e suspeita de que ele lave dinheiro para Alejandro Juvenal Herbas Camacho Júnior, o Marcolinha, irmão de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola. Ambos estão recolhidos no presídio federal de Brasília.
Investigadores do Deic apuraram que Gordão era casado com Isabel Cristina Alves Gomes, sobrinha de Francisca Alves da Silva, a Preta, esposa de Marcolinha. Ela foi presa pela Polícia Federal, em abril deste ano, sob a acusação de envolvimento com jogos de azar e tráfico de drogas no Ceará.
Nas investigações cearenses são citadas transações bancárias entre Preta e Deolane (R$ 11,7 mil) e também de Preta com Everton Gordão (R$ 70 mil). O Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) considerou as movimentações suspeitas.
Para o MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo), Gordão é o "faz de tudo", o operador financeiro de Marcolinha e também braço direito de Preta. O nome dele aparece várias vezes no inquérito instaurado pela PF que culminou na prisão da esposa do irmão de Marcola.
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