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VARIEDADES Quarta-feira, 11 de Setembro de 2024, 11:01 - A | A

11 de Setembro de 2024, 11h:01 - A | A

VARIEDADES / PRESA NO RECIFE

Deolane Bezerra recebia R$ 5 mil de aluguel de comparsa de irmão de líder do PCC, diz colunista

Operação apreendeu no apartamento alugado porções de drogas, uma pistola furtada, um bloqueador de sinal telefônico, cinco celulares e uma BMW; a defesa da advogada diz a Quem não ter informações para dar no momento

Revista Quem
Única News



Deolane Bezerra supostamente recebia R$ 5 mil mensais de aluguel de um comparsa do irmão de , Marcos Herbas Camacho, mais conhecido como Marcola, apontado como líder máximo do PCC (Primeiro Comando da Capital). A informação foi publicada pelo colunista Josmar Jozino, do UOL, nesta quarta-feira (11). A advogada e sua mãe, Solange Bezerra, foram presas no Recife numa operação contra organização criminosa acusada de envolvimento em jogos de azar e lavagem de dinheiro.

Preso em 2021 por suspeita de lavagem de dinheiro para o Primeiro Comando da Capital, Everton de Sousa, o Gordão, disse durante interrogatório que pagava a quantia pelo aluguel de um apartamento na Rua Anália Franco, no Tatuapé, zona leste de São Paulo. O Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) apurou que o imóvel era de Deolane Bezerra.

A Quem, a defesa da advogada diz não ter informações para dar no momento. A reportagem também procurou o Deic para saber detalhes, mas não obteve resposta até a conclusão desta nota. O espaço permanece aberto.

O depoimento de Gordão foi prestado em 5 de novembro de 2021 na 6ª Delegacia de Investigações sobre Facções Criminosas e Lavagem de Dinheiro, do Deic. Ele contou que pagava R$ 5 mil de aluguel pelo apartamento de Deolane e mais R$ 1,2 mil de condomínio.

O colunista diz, ainda, que a esposa de Gordão foi presa na mesma operação. Ela também foi interrogada e disse no Deic que o marido havia alugado o apartamento de Deolane Bezerra em contrato verbal, porque ele era amigo dela. A depoente não soube dizer, no entanto, o valor da locação.

O casal passou a ser investigado por lavagem de dinheiro após a prisão de dois homens flagrados com 199 tabletes de cocaína em abril de 2020, na região metropolitana de São Paulo. Com a droga, havia um bilhete com endereço relacionado a Everton.

Mandados de prisão temporária e de busca e apreensão no apê

 

Ainda segundo o colunista, os policiais foram ao apartamento para cumprir mandados de prisão temporária e de busca e apreensão, e a própria Deolane e uma de suas irmãs, também advogada, acompanharam a ação do Deic no apartamento.

No dia da operação, foram apreendidos porções de drogas, uma pistola Taurus furtada, um aparelho usado para bloquear sinal de telefone celular - muito utilizado pelas quadrilhas de roubos de cargas e assaltos a bancos -, cinco telefones celulares e um automóvel BMW.

Deolane não é investigada no inquérito do departamento paulista que apura lavagem de dinheiro.

Gordão não chegou a ficar um mês preso após a operação, e foi condenado a um ano em regime aberto apenas pelo porte de arma. A Justiça entendeu que as porções de drogas apreendidas no imóvel não configuraram crime de tráfico de entorpecentes. A mulher dele já estava livre.

 

Suspeito de lavar dinheiro para Marcolinha

 

O Deic segue investigando Gordão e suspeita de que ele lave dinheiro para Alejandro Juvenal Herbas Camacho Júnior, o Marcolinha, irmão de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola. Ambos estão recolhidos no presídio federal de Brasília.

Investigadores do Deic apuraram que Gordão era casado com Isabel Cristina Alves Gomes, sobrinha de Francisca Alves da Silva, a Preta, esposa de Marcolinha. Ela foi presa pela Polícia Federal, em abril deste ano, sob a acusação de envolvimento com jogos de azar e tráfico de drogas no Ceará.

Nas investigações cearenses são citadas transações bancárias entre Preta e Deolane (R$ 11,7 mil) e também de Preta com Everton Gordão (R$ 70 mil). O Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) considerou as movimentações suspeitas.

Para o MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo), Gordão é o "faz de tudo", o operador financeiro de Marcolinha e também braço direito de Preta. O nome dele aparece várias vezes no inquérito instaurado pela PF que culminou na prisão da esposa do irmão de Marcola.

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