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VOLTA AO MUNDO Quinta-feira, 30 de Novembro de 2017, 10:42 - A | A

30 de Novembro de 2017, 10h:42 - A | A

VOLTA AO MUNDO / LÍBIA

Cúpula Europa-África adota medidas de urgência contra escravidão

AFP



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A 5ª cúpula Europa-África adotou em Abidjan uma série de medidas de urgência para combater a escravidão de imigrantes na Líbia, o que deflagrou uma onda de indignação mundial nos últimos dias.

 

Entre as medidas anunciadas pelo presidente francês, Emmanuel Macron, estão a retirada imediata dos africanos que quiserem deixar a Líbia em direção a seus países de origem, além da criação de uma força policial específica e de uma comissão investigadora.

 

No encontro também se decidiu pelo desenvolvimento de uma campanha de comunicação para dissuadir os jovens africanos que quiserem emigrar.

 

A migração se impôs como tema principal da cúpula euroafricana, após a difusão de imagens de um mercado de escravos na Líbia.

Cerca de 80 chefes de Estado e de governo e 5.000 delegados participam da cúpula de Abidjan, na Costa do Marfim.

 

Combate ao tráfico

 

Os dirigentes conseguiram chegar a um acordo para realizar "operações de remoções de urgência nos próximos dias, ou semanas", disse Macron.

"Decidiu-se organizar uma cooperação reforçada em matéria de segurança e Inteligência para desmantelar as redes de traficantes", informou o presidente francês.

 

Nesse sentido, será organizada "uma força-tarefa operacional que vai associar os serviços policiais e de Inteligência" para "desmantelar as redes e seu financiamento", acrescentou.

Os "traficantes de seres humanos" estão "profundamente vinculados aos traficantes de armas, de drogas e aos movimentos terroristas que operam em toda a faixa sahel-saariana", completou Macron.

No final, Macron disse que "é indispensável reconstruir um Estado perene na Líbia", aludindo à instabilidade política no país depois da queda do ditador Muammar al-Kadhaffi.

 

Desemprego e pobreza

 

Na abertura da cúpula, o presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, pediu aos jovens que não se lancem à aventura da imigração, colocando suas vidas em risco.

Cerca de 60% da população africana tem menos de 25 anos e, a cada ano, milhares de jovens desesperados com o desemprego, a pobreza e a ausência de perspectivas buscam emigrar para a Europa.

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