O ex-procurador-geral de Teerã Saeed Mortazavi foi condenado a 135 chibatadas por "desvio e desperdício de dinheiro público" quando era chefe do Fundo de Previdência Social, anunciou nesta quarta-feira a imprensa iraniana.
Mortazavi, nomeado à frente da Previdência Social no governo do ex-presidente conservador Mahmoud Ahmadinejad (2005-2013), "foi condenado a 70 chibatadas por desvio de bens públicos e 65 chibatadas por negligência e desperdício de bens públicos", declarou Mostapha Torkhamedani, advogado dos funcionários que o denunciaram, de acordo com a agência de notícias da televisão estatal (IRIB).
Mortazavi pode recorrer da sentença.
Figura controversa, o ex-procurador-geral de Teerã teve que deixar o cargo em 2010. Em 2014 foi suspenso para sempre da magistratura por seu papel na morte em 2009 na prisão de três manifestantes durante o movimento de protesto após a reeleição de Ahmadinejad.
Em setembro passado, ele publicou uma carta expressando arrependimento e pedindo "perdão".
Mortazavi, personalidade temida e odiada pelos reformistas e jornalistas, aprisionou muitos adversários e fechou dezenas de jornais reformistas
Seu nome também apareceu no caso da morte na prisão de uma fotojornalista iraniano-canadense, Zahra Kazemi, em 2003. Ele também é alvo de sanções dos Estados Unidos por "violações contínuas e graves dos direitos humanos" nos últimos sete anos como procurador.
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