Luana Valentim
Da Redação
Foto: (Fórum Sindical)
Apesar de a Procuradoria da Assembleia Legislativa conseguir uma liminar na Justiça para garantir a reintegração de posse do plenário, os servidores públicos se mantém firmes e declararam que não ‘arredarão o pé’ da Casa de Leis.
Os servidores estão ocupando a AL desde o fim da manhã desta terça-feira (22).
A decisão de reintegração de posse é do juiz Paulo Marcio Soares de Carvalho em desfravor da Fórum Sindical. O magistrado ainda estipulou uma multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento, limitada a R$ 1 milhão.
Em um áudio, o presidente do Sindicado dos Servidores da Saúde, Oscarlino Alves, pontuou que acabou de sair da mesa de negociação com alguns deputados estaduais da atual legislatura, inclusive, com o presidente da Casa, Eduardo Botelho (DEM) e os novatos, onde foi encaminhada a proposta do Fórum Sindical em retirar a discussão de três projetos.
Oscarlino defende que haja recuo em alguns pontos da votação que estão diretamente ligados à concessão ou não da Revisão Geral Anual e pagamento dos salários que estão em atraso. Além da Lei de Responsabilidade Fiscal e do MT-Prev que diz respeito a previdência.
“Deixamos a Casa dentro das condicionantes já que tem, em função das empresas públicas, a votação liberada do Fethab e da reforma administrativa do Estado. O deputado Eduardo Botelho está neste momento reunido com o colegiado de líderes na Assembleia Legislativa e ele já adiantou que tem muita dificuldade de aprovar a nossa proposta”.
O presidente do Sisma relatou que caso a proposta dos servidores seja aprovada, Botelho irá leva-la ao governador Mauro Mendes (DEM) e se aprovada pelo chefe do Executivo, ele vê a possibilidade de flexibilizar a manifestação, fazendo a desocupação do local.
Caso contrário, continuarão resistindo e manterão a AL ocupada, além de fazer uma greve geral no Estado. ‘A semente da greve está plantada e a gente está tentando evitar isso’.
“É inadmissível, estamos com o salário e 13º atrasado, além da perspectiva de não recebermos nossos salários em dia, com endividamentos altos. Ainda havendo aqui, três projetos que congelam durante anos os diretos dos funcionários que foram conquistados há décadas”.
Os deputados estão em reunião discutindo qual o melhor caminho a se tomar para resolver a situação. O objetivo é que entrem em um acordo para evitar uma saída forçada que cause ainda mais desgaste da Casa junto ao funcionalismo público.
Porém, caso os servidores não acatem a decisão da Justiça, a tendência é que Batalhão de Choque da Polícia Militar seja acionado, a qualquer momento, para cumprir a liminar de reintegração de posse.
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