07 de Fevereiro de 2025
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ARTIGOS/UNICANEWS Quinta-feira, 23 de Novembro de 2017, 07:00 - A | A

23 de Novembro de 2017, 07h:00 - A | A

ARTIGOS/UNICANEWS / ONOFRE RIBEIRO

Falta pão, falta união



            Num prazo curtíssimo assistimos ao Brasil desmoronar todas as suas instituições. Principalmente as públicas, arquitetadas sob a jurisdição de uma constituição federal destemperada.

 

            Vê-se os poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, apêndices como o Ministério Público, Tribunal de Contas morrendo de inanição por falta de conteúdo social. 

 

Vê-se as universidades federais com seus custos milionários afundando na mediocridade ideológica ou na arrogância acadêmica. Vê-se empresas estatais presas nas ferragens do desastre operacional. Vítimas do uso político-partidário e da corrupção correspondente traduzidos na ausência de justificativa para a sua existência. 

 

Vê-se o corporativismo dos interesses setoriais quer se ligam o Estado com a sociedade pela única vertente da extorsão nos impostos recolhidos.

 

            Vê-se o assalto parlamentar aos cofres públicos com um retorno de serviços de baixa qualidade e de pouco comprometimento com a sociedade. Nos níveis federal, estadual e municipal. Inutilidades consagradas.

            Vê-se o poder judiciário sepultado atrás das pilhas de processos mal resolvidos servindo como bela justificativa pra o discurso enferrujado “nós trabalhamos demais”. Como se trabalhar ainda fosse a regra portuguesa do Brasil colônia quando trabalho era o castigo dos deserdados pobres.

            Vê-se o poder Executivo com uma afiada caneta assinando gastos e carimbando papeis no desespero de respirar, afogado na des-razão pra sua  existência.

            Vê-se todos os apêndices desse Leviatã de Hobes, chamado Estado, sugando tudo como um insaciável aspirador gigante  de poder infinito sobre uma sociedade deseducada incapaz de se mobilizar.

            Vê-se, por outro lado, a exaustão das entidades públicas e privadas. Morrem afogadas sob o peso dos entulhos que elas mesmas construíram ao logo de tanto tempo.

 

            Ainda bem que morrem. No lugar nascerá algo melhor. Pior não poderá ser!

 

Onofre Ribeiro é jornalista em Mato Grosso

[email protected]    www.onofreribeiro.com.br

 

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