Alexandro Martello
g1 Brasília
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou nesta quarta-feira (6) que o dia "amanheceu mais tenso" com a vitória do candidato republicano Donald Trump na corrida pela Presidência dos Estados Unidos, mas ele ponderou que há uma distância entre discursos de campanha e o que efetivamente será feito na economia.
"Na campanha foram ditas muitas coisas que causam a apreensão não só no Brasil, mas no mundo inteiro. Causam apreensão nos mercados emergentes, causam apreensão nos países endividados, na Europa. Então, o dia amanheceu, no mundo, mais tenso em função do que foi dito na campanha", argumentou.
"Mas entre o que foi dito, e o que vai ser feito — pois isso já aconteceu no passado — as coisas às vezes não se traduzem da maneira como foram anunciadas, e o discursos pós-vitória oficiosa, não é oficial ainda, mas após os primeiros resultados, já é um discurso mais moderado do que o da campanha", emendou o ministro.
Trump, de 78 anos, venceu as eleições de terça-feira (5) ao garantir votos suficientes para um novo mandato como presidente dos Estados Unidos, aponta projeção da Associated Press (AP) desta quarta. Ele já fez um discurso de vitória.
A vitória foi anunciada por volta das 7h30 desta quarta, após Trump garantir os 270 delegados necessários para ter sua vitória declarada pela AP. Diversos líderes mundiais e personalidades cumprimentaram Trump.
Nesse mesmo contexto, Haddad comentou sobre o impacto da eleição americana no Brasil.
"Temos de cuidar da nossa casa qualquer que seja cenário externo. Desde o ano passado, alerto para cautela interna diante do cenário externo", declarou o ministro, que identificou um "fenômeno de extrema direita crescente no mundo", que "não é de agora". "A democracia vai continuar resistindo", declarou.
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