Ana Adélia Jácomo
Karine Campos
Única News
A deputada estadual Janaina Riva (MDB) está determinada a assumir o comando do diretório estadual do MDB em Mato Grosso. Apesar da resistência declarada do presidente municipal de Cuiabá, Francisco Faiad, que a "aconselhou" a focar na sua pré-candidatura ao Senado e alegou falta de consenso, a parlamentar segue firme em sua articulação e nega qualquer intenção de recuar.
Nesta quarta-feira (9), Janaina demonstrou confiança na construção de uma chapa de consenso para a nova executiva, buscando apoio de lideranças nacionais do partido como Baleia Rossi e Michel Temer.
"A construção para a nova executiva do partido está sendo muito bem feita. Eu acredito que a gente vai fazer uma chapa de consenso dentro do partido. Estou muito animada com isso", afirmou a deputada. Ela enfatizou que a intenção é fazer uma transição tranquila da atual gestão de Carlos Bezerra.
Apesar de não se considerar "candidata de si mesma", Janaina vê um amplo apoio entre os deputados estaduais e federais do MDB em Mato Grosso, com uma possível exceção do deputado federal Emanuelzinho.
Ela espera uma convenção partidária sem grandes conflitos, algo raro para o MDB nos últimos anos, e busca manter a coesão do grupo pensando nas eleições de 2026 e 2028.
Executiva em Cuiabá
A futura executiva estadual do MDB será composta por um número máximo de 71 membros, incluindo deputados estaduais e federais, prefeitos, vice-prefeitos e vereadores, visando uma maior representatividade. No entanto, a deputada disse que não tem a chapa completa definida, que será formada gradualmente.
Apesar do otimismo geral, o diretório provisório de Cuiabá gera preocupação. Janaina expressou o desejo de que o deputado Juca do Guaraná (MDB), da Baixada Cuiabana, assuma a liderança da sigla na capital.
"Cuiabá não tem diretório. Podia ter sido. Nunca fizeram convenção aqui para transformar em diretório", pontuou Riva, evidenciando a fragilidade da estrutura partidária na capital.
Sobre uma possível "queda de braço" com o grupo do ex-prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro, a deputada minimizou, mas reconheceu divergências.
"Eu não considero uma queda de braço, porque assim, ao menos o que eu vejo é que eles têm um outro projeto que seria um projeto junto ao PSD", disse. Ela mencionou que Emanuelzinho, vice-líder do governo Lula, foi convidado para a pré-convenção, mas não compareceu.
"Discussão partidária tem que ser feita dentro das reuniões do partido", ressaltou, evitando debater o tema pela imprensa.
Segundo ela, ainda não há definições para cargos como Secretaria Geral e Tesouraria do partido, nem para a vice-presidência, com as discussões pendentes para futuras reuniões.
Paralelamente, a deputada avalia a possibilidade de uma federação nacional entre MDB e Republicanos, embora a decisão final seja de âmbito federal.
Apesar de o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) ter descartado a federação, ela aposta que há "muita chance de acontecer por conta dos alinhamentos nacionais".
A deputada diz que mantém sua pré-candidatura ao Senado e aguarda os prazos de convenção e definição das federações para clarear o cenário político de 2026.
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