Claryssa Amorim
Única News
A associação Brasileira do Comércio Farmacêutico (ABCFarma) autorizou o reajuste anual de medicamentos em 4,33% em farmácias de todo o país, mais que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O aumento não entrou em vigor, pois deve ser publicado na revista da associação, que ainda está na edição de março.
De acordo com a ABCFarma, o reajuste dos valores é determinado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) uma vez ao ano, que monitora o teto máximo a ser cobrado pelas farmácias.
O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos de Mato Grosso (Sincofarma-MT), Ricardo Cristaldo, para as farmácias não terá diferença, pois continuam com o mesmo percentual sobre as vendas, ou seja, não vão lucrar com o reajuste.
“O custo principal em nosso segmento é que tem farmácia que faz 12 horas até 24 horas e esse custo de energia elétrica vai para o preço do medicamento. Com isso, acaba ficando realmente caro e o consumidor sente”, disse Cristaldo em entrevista à TV Centro América.
Ainda conforme o ABCFarma, o teto do preço dos medicamentos é calculado com base no IPCA, em um Fator de Produtividade x, em um Fator de Ajuste de Preços Relativos Entre Setores Y e em um Fator de Ajuste de Preços Relativos Intrassetor Z.
O farmacêutico, Leandro Barbosa, disse que não tem como não seguir o reajuste nos preços, pois eles compram os medicamentos com o custo mais caro e acabam tendo que repassar o valor.
“A gente infelizmente tem que repassar esse aumento para o consumidor. Em alguns casos, quanto temos estoque, seguramos para não passar o percentual de reajuste. Mas, acabou o estoque tem que comprar os medicamentos e aí acaba subindo o preço”, explica o farmacêutico.
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