Aline Almeida
Única News
As declarações homofóbicas do padre Paulo Antônio Müller durante uma missa em Tapurah (428 quilômetros de Cuiabá), tem gerado repúdio de diversas entidades e representantes da sociedade civil. Parlamentares e até religiosos manifestaram contra o posicionamento de Müller. O caso ganhou repercussão nacional sendo destaque no Jornal Nacional nesta quinta-feira (17) e no site Folha UOL.
Na missa do dia 13 de junho, o padre condenou relacionamento de pessoas do mesmo sexo e citou a relação amorosa de Pedro Figueiredo, repórter da Globo com o marido, Erick Rianelli, que também trabalha na emissora. "Não é como a Globo apresenta, dois viados, me desculpa, mas dois viados, um repórter pra um viadinho chamado Pedrinho. Ridículo. Que chamem a união de dois viados, de lésbicas do que quiserem como querem, mas não de casamento, por favor. Isso é uma falta de respeito para com Deus, isso é sacrilégio é blasfêmia", disse o padre durante uma missa, que foi transmitida na internet.
Depois dos ataques, muitas demonstrações de solidariedade surgiram nas redes sociais. O padre Júlio Lancellotti fez uma publicação. “Solidariedade ao jornalista Pedro Figueiredo e a Erik Rianelli. Homofobia é crime”, disse o padre.
A Comissão de Combate às Discriminações e Preconceitos da Alerj, presidida pelo deputado Carlos Minc (PSB), aprovou uma moção de solidariedade aos repórteres e de repúdio contra as declarações.
O deputado Márcio Pacheco (PSC), cantor e compositor católico, também se manifestou. “Repudio as palavras que eu não quero repeti-las aqui, tão agressivas, as quais não remontam a cidadania e muito menos o direito à fé”, declarou.
O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), por meio do Centro de Apoio Operacional de Defesa dos Direitos Humanos e Diversidades, instaurou um procedimento para apurar a conduta do padre Paulo Antônio.
“As declarações efetuadas pelo padre extrapolaram a liberdade religiosa e que podem até mesmo resultar na propositura de medidas extrajudiciais, de ação civil pública por dano moral coletivo causado à sociedade, bem como ação penal, por eventual crime cometido", diz trecho da nota divulgada pela instituição.
Veja aqui as declarações do padre
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