15 de Março de 2025
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CIDADES Sexta-feira, 18 de Junho de 2021, 11:23 - A | A

18 de Junho de 2021, 11h:23 - A | A

CIDADES / REPERCUSSÃO NACIONAL

Ativistas, religiosos e parlamentares manifestam contra falas homofóbicas de padre

Aline Almeida
Única News



As declarações homofóbicas do padre Paulo Antônio Müller durante uma missa em Tapurah (428 quilômetros de Cuiabá), tem gerado repúdio de diversas entidades e representantes da sociedade civil. Parlamentares e até religiosos manifestaram contra o posicionamento de Müller. O caso ganhou repercussão nacional sendo destaque no Jornal Nacional nesta quinta-feira (17) e no site Folha UOL.

Na missa do dia 13 de junho, o padre condenou relacionamento de pessoas do mesmo sexo e citou a relação amorosa de Pedro Figueiredo, repórter da Globo com o marido, Erick Rianelli, que também trabalha na emissora. "Não é como a Globo apresenta, dois viados, me desculpa, mas dois viados, um repórter pra um viadinho chamado Pedrinho. Ridículo. Que chamem a união de dois viados, de lésbicas do que quiserem como querem, mas não de casamento, por favor. Isso é uma falta de respeito para com Deus, isso é sacrilégio é blasfêmia", disse o padre durante uma missa, que foi transmitida na internet.

Depois dos ataques, muitas demonstrações de solidariedade surgiram nas redes sociais. O padre Júlio Lancellotti fez uma publicação. “Solidariedade ao jornalista Pedro Figueiredo e a Erik Rianelli. Homofobia é crime”, disse o padre.

A Comissão de Combate às Discriminações e Preconceitos da Alerj, presidida pelo deputado Carlos Minc (PSB), aprovou uma moção de solidariedade aos repórteres e de repúdio contra as declarações.

O deputado Márcio Pacheco (PSC), cantor e compositor católico, também se manifestou. “Repudio as palavras que eu não quero repeti-las aqui, tão agressivas, as quais não remontam a cidadania e muito menos o direito à fé”, declarou.

O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), por meio do Centro de Apoio Operacional de Defesa dos Direitos Humanos e Diversidades, instaurou um procedimento para apurar a conduta do padre Paulo Antônio.

“As declarações efetuadas pelo padre extrapolaram a liberdade religiosa e que podem até mesmo resultar na propositura de medidas extrajudiciais, de ação civil pública por dano moral coletivo causado à sociedade, bem como ação penal, por eventual crime cometido", diz trecho da nota divulgada pela instituição.

Veja aqui as declarações do padre

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