Cuiabá, 05 de Maio de 2024

CIDADES Sábado, 16 de Março de 2024, 10:15 - A | A

16 de Março de 2024, 10h:15 - A | A

CIDADES / AFOGAMENTO NA LAGOA TREVISAN

Capitão que dirigiu treinamento onde aluno-bombeiro morreu foi testemunha de defesa de Ledur

Oficial passou por oitiva na tarde desta sexta-feira. Militar foi testemunha defesa da tenente-bombeiro na morte do também aluno Rodrigo Claro.

Ari Miranda
Única News



O capitão-bombeiro Daniel Alves Moura e Silva, investigado pela morte do aluno Lucas Veloso Perez (27), prestou depoimento na tarde desta sexta-feira (16) na Diretoria de Segurança Contra Incêndio e Pânico, em Cuiabá.

O oficial, que em 2023 ascendeu ao posto de instrutor de curso, era o responsável pelo treinamento de salvamento aquático que vitimou o aluno-bombeiro, no dia 27 do mês passado, na Lagoa Trevisan, zona rural de Cuiabá.

RELEMBRE O CASO: Bombeiro morre afogado durante curso de salvamento na Lagoa Trevisan, em Cuiabá

A oitiva teve início por volta das 13h30. Após a chegada do militar, também se fez presente o advogado da família da vítima, o jurista Djalma Cunha, acompanhado de seu assistente.

(Foto: Reprodução/Internet)

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O aluno-bombeiro Lucas Veloso, morto durante treinamento em fevereiro deste ano.

Recentemente, um laudo pericial da Politec apontou que o aluno-bombeiro morreu por afogamento por asfixia durante o treinamento. No entanto, prints de conversas de WhatsApp atribuídos a alunos do curso que estavam no local do fato, indicam que Veloso foi vítima dos chamados “caldos”.

O “caldo” é uma manobra em que a pessoa tem a cabeça empurrada violentamente pela nuca contra a água e é deixada submersa por segundos ou até minutos, como forma de punição.

LEIA MAIS: Prints de mensagens atribuídas a alunos apontam que bombeiro morreu após "caldos" excessivos

O inquérito que investiga a morte de Lucas Veloso é presidido pelo coronel-bombeiro Dércio Santos da Silva, nomeado pela Corregedoria-Geral da corporação. O rito segue a constituição e determina que quaisquer possíveis crimes cometidos por militares devem ser investigados pela própria corporação.

(Foto: Reprodução/Internet)

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O aluno-bombeiro Rodrigo Claro, morto durante treinamento na lagoa Trevisan em novembro de 2016.

TESTEMUNHA DE LEDUR

Segundo apurado por Única News, esta não é a primeira vez que o nome do capitão é associado a um caso envolvendo afogamento de aluno durante instrução.

Em 2016, o militar foi testemunha de defesa da então tenente-bombeiro Izadora Ledur Deschamps, acusada pela morte do aluno Rodrigo Patrício Lima Claro (21), durante um treinamento semelhante, na mesma lagoa onde Lucas Veloso morreu afogado.

Devido à reincidência, no final da manhã desta sexta-feira (15), acompanhado dos pais e familiares de Lucas Veloso, o governador Mauro Mendes (UB) assinou um decreto que leva o nome do militar, determinando a gravação de todos os treinamentos da área de Segurança Pública em MT que tenham algum tipo de risco.

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