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CIDADES Domingo, 23 de Agosto de 2020, 14:16 - A | A

23 de Agosto de 2020, 14h:16 - A | A

CIDADES / AJUDA SOLIDÁRIA

Casal cuiabano se comove e prepara marmitas do próprio bolso para venezuelanos

Claryssa Amorim
Única News



A pandemia da Covid-19 tem afetado muitas famílias com a crise financeira e deixado diversas pessoas sem emprego. Foi pensando nisso que o casal de farmacêuticos, Reinaldo Júnior e Bianca Bonfim, teve a ideia de ajudar as famílias venezuelanas que ficam nos semáforos da Capital pedindo emprego ou uma ajuda de custo. Eles percorrem por Cuiabá entregando marmitas, frutas, sucos e até sobremesas sem fim lucrativo.

Os dois com 25 anos e casados há três anos, conta que ficaram incomodados em ver vários casais venezuelanos com seus filhos pelas avenidas de Cuiabá pedindo emprego, até que chegaram na ideia de ajuda-los de alguma forma.

"Muitas vezes, essas marmitas que entregamos são a única alimentação do dia para eles"

Bianca contou ao Única News que sempre sentiu vontade no coração de ajudar os necessitados de alguma forma, principalmente durante essa crise da pandemia. No entanto, ela comenta que sempre teve receio pela timidez que tem. E após conversar com o seu esposo Reinaldo, ele gostou da ideia em ajudar com marmitas às famílias carentes que ficam nos semáforos. 

O Reinaldo contou que teve a empatia por essas pessoas, que não estão em seu país, falam outra língua, não tem amigos ou familiares próximo. E por isso, abraçou a ideia da esposa. No entanto, ele conta que a sua ideia inicial em ajudar, foi de arrecadar alimentos e montar cestas básicas. Mas, seria algo a longo prazo, talvez, somente uma vez por mês.

“Muitas vezes, essas marmitas que entregamos são a única alimentação do dia para eles. Eles passam o dia ali no semáforo pedindo algum custo financeiro e no fim do dia compra algo para comerem. [...] E as cestas básicas precisariam talvez de um tempo. Já as marmitas, é algo que eles têm toda semana”, comentou Reinaldo.

(Foto: reprodução)

   marmitas casal

 

O casal explicou que, por enquanto, esse trabalho tem sido apenas uma vez na semana, em que escolheram todas as sextas-feiras. Eles contaram que os alimentos comprados para fazerem as marmitas, têm saído do próprio bolso. Mas, eles têm esperanças de aos poucos em que as pessoas forem conhecendo o projeto, eles vão recebendo doações.

Bianca explicou que o projeto está no começo e por isso, as marmitas ainda estão sendo distribuídas apenas um dia da semana, pois é o que ainda estão ao seu alcance. Inicialmente, o casal compra os alimentos para montarem de 15 a 20 marmitas. Ela comentou que além do custo financeira para comprar os alimentos, as marmitas e até os talheres descartáveis, precisa-se também de tempo, ajuda braçal, etc.

“Não é fácil e é cansativo. Começou eu e Reinaldo fazendo, mas por faltar ajuda, eu chamei a minha irmã Brenda. Então, por enquanto, é só nós três que estamos preparando os alimentos. Ainda estamos em fase de aprendizado. Teve uma semana, por exemplo, que faltou marmitas para dar e outra que chegou a sobrar. Outra vez, sobrou o frango para montar, mas não tinha mais feijão e arroz, então, estamos aprendendo a preparar as refeições na quantidade certa”, comentou Bianca.

(Foto: reprodução)

marmitas casal

 

A refeição é preparada um dia antes, em que os alimentos são temperados e as verduras descascadas. No dia seguinte, logo às 5h da manhã, o casal se levanta para iniciar os preparos. O feijão e o arroz para cozinhar, o corte da salada e o complemento do prato com um tipo de carne. Geralmente, o cardápio é arroz, feijão, frango ao molho e salada.  

Inicialmente a ideia do casal é de distribuir as marmitas às famílias venezuelanas que ficam nos canteiros das avenidas, mas o casal conta que se ver um morador de rua ou outra pessoa que esteja precisando de comer, não irão negar. Segundo o casal, com o decorrer dos dias, eles vão tentando conciliar o trabalho, a vida pessoal, com o preparo e a entrega das marmitas.

Por fim, Bianca comentou que por enquanto tudo que usam para o preparo das marmitas são emprestados, como as panelas, fogão industrial, talheres, etc. Tudo é preparado na cozinha de sua casa e ela brinca que mesmo com a bagunça que fica, é feito com carinho e dá satisfação de ver as marmitas montadas para a distribuição.

“Tocou muito o nosso coração para colocar em prática o projeto, depois de um casal de venezuelanos pedir ajuda para nós. Aquilo nos comoveu muito. [...] Então, inicialmente preparamos de 15 a 20, porque é o que conseguimos comprar com nosso próprio recurso. Mas, isso não queremos que nos reconheça ou algo do tipo, o nosso intuito é realmente de ajudar os que precisam, porque nós temos o que comer dentro de casa, mas eles muitas vezes não têm”, disse Bianca.

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(Foto: Reprodução)

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