Claryssa Amorim
(Foto: Reprodução/Web)
Desembarcaram nesta terça-feira (4) no Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, um grupo de 24 venezuelanos com a ajuda da Organização das Nações Unidas (ONU), que está distribuindo os refugiados no Brasil. No país, eles chegam fugindo da fome e em busca de um fôlego financeiro melhor, sobretudo, uma nova chance de vida.
Os estrangeiros estavam em Bela Vista (RR) e foram transferidos Cuiabá. Somente este ano, já chegaram na Capital, 169 venezuelanos em pequenos grupos separados. Eles estão sendo abrigados na Casa Pastoral do Migrante à pedido da ONU.
Eles estão sendo transportados pelo plano de interiorização do Governo Federal. O objetivo é transferir ainda cerca de 400 refugiados por semana até o fim deste mês.
A ONU apoia esse plano para tentar aliviar a crise de refugiados que se concentram primeiramente em Roraima que faz fronteira com a Venezuela.
Segundo o Sistema Nacional de Controle de Registro de Estrangeiros (Sincre), em Mato Grosso, vive 13.808 estrangeiros de diversas nacionalidades, incluindo pessoas ativas e inativas.
As nacionalidades que mais contém registros são do Haiti, Bolívia, Portugal, Paraguai, Líbano, Itália, Colômbia, Argentina, Alemanha e surpreendentemente Estados Unidos [já que há uma ideia cristalizada e disseminada de que são os latinos é que fogem para as terras americanas]. Veja os números:
• Haiti – 4.457 • Líbano – 499
• Bolívia – 2.149 • Itália – 433
• EUA – 836 • Colômbia – 378
• Portugal – 736 • Argentina – 346
• Paraguai – 572 • Alemanha – 342
O Sincre divulgou que há ainda 3.086 registros de outras nacionalidades, mas são números pequenos e não divulgou os outros países.
Emprego no Estado
Mesmo com uma receptividade boa, na capital não está sendo fácil o emprego, não só para os estrangeiros, mas para os conterrâneos também, devido à crise que assola todo o país.
Para ajudar os imigrantes a conseguirem um emprego, um profissional foi disponibilizado para fazer a orientação a eles na Pastoral do Migrante, pela Superintendência Regional de Trabalho (SRTb/MT).
Fica responsável para apoiá-los, a Auditora Fiscal do Trabalho, Marilete Mulinari, que juntamente com uma funcionária da ONU. Elas tiram as dúvidas dos imigrantes sobre os caminhos legais para conseguir emprego no Brasil, assim como informam também sobre os direitos trabalhistas, além de colocá-los em contato com as empresas interessadas em contratar.
Apenas no primeiro semestre, a equipe já encaminhou cerca de 50 deles para postos de trabalho, embora muitos ainda permaneçam desempregados.
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