Christinny dos Santos
Única News
O empresário José Clovis Pezzin de Almeida, que causou uma confusão ao provocar um quebra-quebra no deck do restaurante Haru e atropelar uma mulher na Praça Popular, em Cuiabá, se apresentou na delegacia no final da manhã desta terça-feria (27). Acompanhado de sua advogada, ele passou por interrogatório e foi liberado em seguida.
Durante o interrogatório, José Clóvis alegou que não tinha a intenção de destruir o estabelecimento e afirmou que a confusão teria começado dentro do restaurante, onde ele diz que teria sido agredido por clientes e seguranças. Segundo o empresário, ele se desesperou ao tentar fugir das agressões e acabou batendo contra o deck.
Conforme o delegado, Claudinei Lopes, que está à frente das investigações do caso, José Clovis alegou que se desesperou de tal forma que não percebendo que havia alguém atrás de seu veículo e acabou atropelando a própria tia. Ao perceber que havia atingido alguém, o empresário parou o carro e, então, voltou a ser atingido.
Diante das alegações de Clóvis, que possui diversos hematomas pelo corpo, foi solicitado exame de corpo de delito. A tia dele será ouvida e também passará por exame de corpo de delito. Outras testemunhas, ou possíveis outras vítimas, também serão ouvidas. A Polícia Civil já descartou a hipótese de que teriam atirado contra o carro do investigado, foi descartada. O veículo foi periciado e não foi encontrada nenhuma marca ou projéteis de arma de fogo.
José Clóvis será indiciado por dano qualificado, tentativa de homicídio com dolo eventual e omissão de socorro. As investigações parar apurar agressões contra José Clovis e outros desdobramentos da confusão continuam.
Vídeo registrado pela equipe de reportagem do SBT Comunidade mostra o empresário que o empresário se apresenta. Uma das pessoas que está com ele informa que ele não responderá às perguntas da imprensa e José Clóvis segue em silêncio. Assista abaixo.
A confusão
Em total descontrole emocional provocou um verdadeiro quebra-quebra com seu veículo. Revoltado com uma situação ocorrida no interior do Restaurante Haru, um dos ‘points’ da noite cuiabana. O motorista, identificado apenas como “Marlon”, bateu seu de propósito por várias vezes contra o deck do estabelecimento.
Durante o acesso de fúria, ao engatar uma marcha a ré, o condutor também atropelou uma pedestre, que sofreu ferimentos leves. Após bater na estrutura, o motorista fugiu, deixando parte do para-choque dianteiro no local e, com ele, a placa do veículo, que foi encontrado a alguns metros da Praça Popular.
Histórico polêmico
Em 1º de fevereiro de 2024, o empresário, que atua no ramo de mineração, foi um dos alvos da Operação Hades, deflagrada pela Polícia Civil e Secretaria de Segurança Pública do Estado de Alagoas (SSP-AL), que investigou um grupo criminoso, com atuação em MT e outros estados do país, por crimes de tráfico de drogas e lavagem de capitais.
Marllon chegou a ficar oito dias preso, mas acabou solto pela Justiça, após sua defesa apresentar documentos, alegando que ele estava em tratamento médico por transtorno de ansiedade generalizada e transtorno afetivo bipolar desde maio de 2023, necessitando fazer uso de medicamentos.
Doze dias antes de ser preso, na noite de 17 de janeiro de 2024, o empresário também esteve no centro de outra polêmica, ao bater uma Porsche 911 contra um veículo VW Fox, conduzido pelo frentista de posto de combustível, Gabriel de Paula (20), na MT-010, a “Estrada da Guia”.
Segundo testemunhas, o acidente foi provocado pelo empresário durante um “racha” com outro veículo da mesma marca e modelo. À Polícia, no entanto, o MArllon Pezzin e sua namorada, que também estava com ele no veículo, afirmaram em boletim de ocorrência que o VW Fox dirigido por Gabriel teria saído do pátio de um posto de combustíveis e atravessado a pista de repente, afirmando ainda que o carro da vítima estava sem luzes de sinalização.
Por causa da gravidade do acidente, o frentista ficou 14 dias em coma na UTI do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) e sobreviveu, após passar por cinco cirurgias.
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