Ari Miranda
Única News
Após se apresentar à Polícia Civil na manhã desta terça-feira (27), o empresário José Clóvis Pezzin de Almeida, mais conhecido como “Marllon Pezzin” - que no final de semana destruiu o deck do restaurante Haru Oriental, no bairro Popular, em Cuiabá - foi indiciado pelos crimes de dano qualificado, tentativa de homicídio com dolo eventual e omissão de socorro.
Conforme noticiado pelo Única News, a confusão aconteceu na noite do último sábado (24) na Praça Popular. Após brigar com clientes no interior do restaurante, o empresário saiu do local, pegou seu veículo, uma VW Touareg e bateu por diversas vezes contra o deck do estabelecimento, onde segundo informações estavam sentadas as pessoas com quem Marllon havia discutido minutos antes.
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Durante o interrogatório, Marllon Pezzin alegou que não teve a intenção de destruir o deck do estabelecimento, afirmando ao delegado que a confusão teria começado dentro do restaurante, onde ele teria sido agredido por clientes e seguranças, momento em que ele alegou ter se desesperado ao tentar fugir das agressões, batendo contra o deck.
No entanto, a versão não convenceu o delegado de Polícia Civil Claudinei Lopes, responsável pelas investigações do caso.
“Ele disse que não teve a intenção de danificar [a estrutura], que foi ali na rapidez dele querendo fugir dali do local que ele acabou praticando. Mas as imagens e os vídeos que nós temos [da ocorrência] não dizem isso, contradizem essa versão do indiciado, porque ele fez duas ou três manobras ali pra realmente bater e, mesmo vendo que haviam ali pessoas sentadas ainda, ele assumiu esse risco de bater e atingir essas pessoas”, explicou Claudinei.
Apesar de ter sido indiciado pelos crimes, Marllon Pezzin não ficou preso e foi liberado logo após prestar depoimento. O motivo para a soltura, segundo o delegado, foi o fato do empresário logo após a confusão ter abandonado o veículo e fugido do flagrante, fator que não justifica a prisão. No entanto, deixou claro que nada impede a Justiça emitir um pedido de prisão preventiva durante a apuração do caso.
HISTÓRICO POLÊMICO
Marllon Pezzin é conhecido pela imprensa local por seu extenso histórico de passagens criminais.
Em 1º de fevereiro de 2024, o empresário foi um dos alvos da Operação Hades, deflagrada pela Polícia Civil do Estado de Alagoas, que investigou um grupo criminoso, com atuação em MT e outros estados do país, por crimes de tráfico de drogas e lavagem de capitais.
Marllon chegou a ficar oito dias preso, mas acabou solto pela Justiça, após sua defesa alegar que ele estava em tratamento médico por transtorno de ansiedade generalizada e transtorno afetivo bipolar.
Doze dias antes de ser preso, na noite de 17 de janeiro de 2024, o empresário também esteve no centro de outra polêmica, ao bater uma Porsche 911 contra um veículo VW Fox, conduzido pelo frentista Gabriel de Paula (20), na MT-010, a “Estrada da Guia”.
Segundo testemunhas, o acidente foi provocado pelo empresário durante um “racha” com outro veículo da mesma marca e modelo. Por causa da gravidade do acidente, o frentista ficou 14 dias em coma na UTI do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) e sobreviveu ao acidente, após passar por cinco cirurgias.
Pezzin também já esteve envolvido em outra uma confusão, em uma boate da capital. Na ocasião ele teria agredido, perseguido e ameaçado de morte um cliente do local.
O empresário também tem mais de 10 passagens pela polícia, por crimes de violência doméstica - um deles por agressão contra sua namorada, em março de 2022.
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