Aline Almeida
Única News
Dois atos estão sendo organizados por familiares e amigos de Isabele Guimarães Ramos, 14 anos. No último dia 12 completou 10 meses que a menor foi morta pela amiga B.O.C. A atiradora, que está internada desde janeiro no Centro Socioeducativo de Cuiabá, pode ganhar a liberdade. A 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça está julgando habeas corpus da menor.
Diante da possibilidade da soltura, os familiares e amigos de Isabele realizam nesta quarta-feira (21), às 19h, um culto ecumênico em memória da menor morta. A mobilização acontece na rotatória do Condomínio Alphaville I.
Já na segunda-feira (26), será realizada uma carreata para marcar o início da semana que acontece o julgamento, atualmente empatado. A saída acontece também às 19h do mesmo condomínio e os veículos irão passar pelas principais avenidas de Cuiabá.
O convite para os eventos é feito pela mãe de Isabele, Patrícia Ramos, pelas redes sociais. A recomendação é que os participantes usem vestimenta branca.
CASO
Isabele foi morta no dia 12 de julho de 2020 no condomínio Alphaville. O tiro, na cabeça, foi disparado pela amiga B.O.C, que alegou ter sido disparo acidental, o que foi descartado pela perícia.
A menor foi apreendida em janeiro e cumpre medida socioeducativa no Lar Menina Moça, anexo Pomeri. A internação pode chegar a 3 anos.
Desde então a defesa tem tentado a liberdade da atiradora em todas instâncias. Na semana passada, por maioria o Supremo Tribunal Federal manteve a internação.
Já na Justiça Estadual a incerteza permanece com empate. No dia 14 o desembargador Rondon Bassil Dower votou pela liberdade de B.O.C. O relator, desembargador Juvenal Pereira da Silva havia votado pela manutenção da internação. Já o desembargador Gilberto Giraldelli, que pediu vista.
"Me ajudem a lutar por justiça pela minha filha Bele... compartilhem... muito obrigada!", diz post da mãe de Isabele, Patrícia Guimarães.
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Ana 23/04/2021
Sou mãe, sou solidária à essa mãe que perdeu sua filha de forma covarde. Espero que as autoridades façam justiça, que já é excessivamente branda quando se trata de menores, digo até que incentivam crimes, digo infrações (como se os tornassem menos terríveis), mas a perda é a mesma, é dolorida, é cruel. Hoje essa mãe implora por justiça, amanhã não saberemos quem será a vítima. Justiça por Isabele.
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