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CIDADES Sexta-feira, 22 de Maio de 2020, 10:21 - A | A

22 de Maio de 2020, 10h:21 - A | A

CIDADES / BARRA DO GARÇAS

Figueiredo reprova ‘kit-Covid’ anunciado por prefeitura: ‘Parece até brincadeira’

Euziany Teodoro
Única News



O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, reprovou o “kit-Covid” anunciado pela Prefeitura de Barra do Garças (a 515 km de Cuiabá), que vai distribuir medicamentos para tratamento de sintomas da Covid-19 à população, incluindo a polêmica cloroquina.

A Prefeitura de Barra do Garças, que já contabiliza 4 óbitos e 61 casos confirmados, decidiu distribuir um kit que inclui os seguintes medicamentes: Azitromicina (500mg), Ivermectina (6mg) e Paracetamol (750mg) ou Azitromicina (500mg), Ivermectina (6mg), Dipirona (500mg) e Cloroquina (150mg).

De acordo com o prefeito Roberto Farias, os kits serão entregues aos pacientes que estão se tratando em casa.

Gilberto Figueiredo criticou duramente a ação. “Parece até brincadeira. Se fosse assim, então para todas as doenças poderia vir um kit preparado. Não precisava nem fazer curso de medicina para analisar os sintomas do paciente e prescrever o medicamento ideal para isso”, disse.

Segundo Figueiredo, a iniciativa é nociva para a população, pois “dá a ideia de que é uma solução segura, mas não é”.

“Não concordo com isso. Isso é algo nocivo para a população, dando a imagem de que é uma solução segura e não é. Nós já dissemos isso inúmeras vezes. Essa é uma responsabilidade dos médicos”, afirmou.

Mais uma vez, ele reforçou que nenhum agente público ou político tem a prerrogativa de prescrever medicamentos. “O médico toma essa medida. Os médicos estudaram mais de 10 anos para isso. Não é o secretário, não é o governador, não é o presidente da República que prescreve medicamento, nem para a Covid, nem para qualquer outra enfermidade”, enfatizou.

A cloroquina

A cloroquina protagoniza discussões durante a pandemia do novo coronavírus. Medicamente usado para a malária, teve resultados positivos em alguns pacientes graves da Covid-19. No entanto, seu uso deve ser restrito à prescrição médica.

Porém, desde que o presidente da República, Jair Bolsonaro, passou a defender o uso do remédio em seus discursos políticos, o embate começou, especialmente nas redes sociais.

Pacientes estão tomando o medicamento sem prescrição médica e as consequências podem ser gravíssimas, levando inclusive à morte.

“Essa é uma responsabilidade dos médicos. O medicamento está à disposição de todos os nossos hospitais de referência. Não há, nesse momento, nenhum impedimento no estado de Mato Grosso para seu uso. Mas isso cabe ao médico”, reforçou Figueiredo.

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