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CIDADES Terça-feira, 07 de Dezembro de 2021, 16:17 - A | A

07 de Dezembro de 2021, 16h:17 - A | A

CIDADES / TRAGÉDIA EM CHAPADA

Mãe de adolescente morto diz que escola mentiu sobre afogamento

Thays Amorim
Única News



Joceli Mara Rodrigues de Oliveira, mãe do estudante Daniel Hiarle Arruda de Oliveira, de 14 anos, que morreu afogado nesta segunda-feira (06) na cachoeira da Prainha, em Chapada dos Guimarães (a 64 km de Cuiabá), afirmou que a direção da escola mentiu sobre o acidente com o seu filho.

Em um relato comovente à TV Centro América, a mãe do adolescente afirmou que o filho foi inicialmente dado como desaparecido pelos professores. Ele saiu de casa durante a tarde da segunda-feira para realizar um passeio com a Escola Estadual Professor Welson Mesquita de Oliveira, no bairro Pascoal Ramos, em Cuiabá.

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"No dia 1º foi aniversário dele, ele falou "mãe, você me dá o passeio?". Aí eu peguei e assinei o papel, o meu marido deu dinheiro. O ônibus foi chegar quase 21h, e já tinha acontecido o acidente com o meu filho. Por que que ela [representante da escola] não falou pra mim a verdade? Por que que ela mentiu? Se ela falasse "ô, mãe, aconteceu isso, isso, e isso, mas nós já estamos tomando as providências", e falou que ele tinha sumido, que ele não tinha morrido afogado. Se fosse 80 alunos, tinham que ir 100 professores. Criança, para ele tudo é novidade", afirmou.

Ainda lamentando a morte do adolescente e muito abalada, Joceli disse ainda que o filho saiu andando e está voltando do passeio em um caixão. Ela destacou que a unidade escolar deve "pagar", caso tenha responsabilidade sobre a fatalidade.

"Meu filho tinha só tamanho, mas era uma criança. Se arrependimento matasse, eu já estava morta primeiro do que ele, porque eu não ia deixar ele ir. Filho, você sempre soube que eu amo você, que eu sempre te amei. Assim como Deus me deu você, Deus tirou. Deus é pai, não é padrasto, se tiver culpa nesse passeio, que empurraram meu filho, essa escola vai pagar, a professora e a diretora. Tudo vai pagar, porque meu filho não vai voltar mais. Meu filho saiu de casa andando, e agora vai voltar em um caixão", enfatizou.

Daniel fez 14 anos no dia 1º de dezembro, e tinha pedido o passeio de presente aos pais. Joceli havia autorizado a excursão até Chapada dos Guimarães.

Outro lado

Em nota, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) lamentou a morte de Daniel, afirmando que os protocolos de segurança foram seguidos e que deve prestar apoio à família.

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