Da Redação
Única News
Mato Grosso foi o estado com maior número de acidentes por choque elétrico a cada milhão de habitantes em todo o Brasil, no ano passado. Foi o que apontou um estudo feito pela Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel), divulgado na última semana, através do Anuário Estatístico de Acidentes de Origem Elétrica 2024.
De acordo com a pesquisa, o Brasil registrou um total de 1.046 acidentes com choque elétrico em 2023, com 674 óbitos, uma taxa de mortalidade de 64,4%. Já Mato Grosso registrou, ao todo, 55 acidentes e 33 mortes, com uma taxa de mortalidade de 60%.
Segundo o levantamento, a taxa do estado foi de 15,03 acidentes por choque elétrico a cada um milhão de habitantes. Em segundo lugar, o estado vizinho, Rondônia, com a taxa de 12,02, seguido pelo Piauí, com 11,92.
Porém, quando relacionadas às mortes por choque elétrico a cada um milhão de habitantes, Mato Grosso inverte a lista, ficando no 3º lugar, com uma incidência de 9,02 mortes. Já os “campeões” de acidentes elétricos com vítimas fatais foram Rondônia, com 10,75 e Piauí, com 10,09.
Se comparadas as taxas dos últimos dez anos (2013-2023), o número de acidentes elétricos em Mato Grosso não mudou muito, e o estado segue em 1º lugar na taxa de acidentes por choque elétrico a cada um milhão de habitantes. A incidência acumulada é de 10,91 acidentes. Em segundo lugar, vem o Acre, com 10,82 acidentes, e em terceiro, o Piauí, com 10,5.
Pelo estudo, o Brasil apresenta um número significativo de acidentes por choque elétrico que poderiam ser evitados com medidas adequadas, como a realização de projetos elétricos detalhados, instalação de dispositivos de proteção como o DR (Dispositivo Diferencial Residual), o dimensionamento correto de condutores, e sistemas de aterramento eficazes, além da adoção de medidas de proteção para trabalhos diretos ou indiretos com eletricidade.
O elevado número de acidentes associados às redes de distribuição aérea, predominantes no Brasil, geralmente ocorre devido ao contato acidental com linhas elétricas energizadas. Situações típicas incluem acidentes em obras civis, onde as vítimas, ao manusearem materiais metálicos próximos às redes aéreas, acabam tocando os circuitos elétricos acidentalmente.
Nas residências, foram registradas 210 mortes em 2023 devido a choques elétricos. Tais acidentes geralmente ocorrem pela energização acidental de equipamentos elétricos com partes metálicas externas, envelhecimento e falta de manutenção adequada dos equipamentos, ausência de aterramento elétrico adequado e a não utilização do Dispositivo Diferencial Residual (DR), conforme apontado pelas investigações.
A Associação reforça ainda a importância da revisão periódica das instalações elétricas, pelo menos a cada cinco anos para instalações de baixa tensão, permitindo com isso identificar e evitar possíveis problemas, assegurando a segurança das instalações elétricas e prevenindo acidentes.
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