26 de Junho de 2025
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POLÍTICA Quinta-feira, 26 de Junho de 2025, 17:45 - A | A

26 de Junho de 2025, 17h:45 - A | A

POLÍTICA / COMPRA DE MEDICAMENTOS

Após tirar Cuiabá de consórcio liderado por municípios menores, Abilio critica modelo de gestão; "Não tem lógica"

O Consórcio Intermunicipal de Saúde Vale do Rio Cuiabá foi criado em 2019 e reunia os 13 municípios da Baixada Cuiabana para ações conjuntas na área da saúde.

Ana Adélia Jácomo
Única News



O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), elevou o tom de sua crítica ao modelo de gestão dos consórcios intermunicipais de saúde, questionando a "lógica" de cidades menores administrarem entidades que incluem capitais com grande poder de compra.

A declaração, dada nesta terça-feira (24), vem no momento em que o município de Cuiabá se desliga do Consórcio Intermunicipal de Saúde Vale do Rio Cuiabá (Cirvasc), criado em 2019 e que reunia os 13 municípios da Baixada Cuiabana para ações conjuntas na área da saúde.

"Eu quero que um consórcio seja feito com os grandes municípios onde os pequenos municípios podem aderir, mas não podem presidir, não podem administrar o consórcio. Não tem um mínimo de lógica". Ele exemplificou a situação que considera inaceitável: "Um município com 25 mil habitantes, 30 mil habitantes, ele presidiu um consórcio aonde nós compramos - uma capital de 700 mil habitantes."

Eu quero que um consórcio seja feito com os grandes municípios onde os pequenos municípios podem aderir, mas não podem presidir, não podem administrar o consórcio.

Para ele, o poder de compra e o volume de aquisições de uma capital como Cuiabá não eram devidamente valorizados no modelo anterior. "A compra no atacado é nossa, é nós que oferecemos esse benefício para o consórcio de comprar mais barato. O consórcio sem a gente, ele não compra mais barato, compra mais caro", afirmou.

A decisão de deixar o Cirvasc, segundo o prefeito, foi reforçada por casos de gestão que ele considerou problemáticos. O prefeito mencionou a existência de "uma série de compras irregulares" e o que classificou como um sobrepreço de cerca de 200% na compra de medicamentos e equipamentos.

Como exemplo, citou uma cadeira de rodas que teria sido adquirida por R$ 4.200, mas que, segundo pesquisas da prefeitura, não valeria mais de R$ 1.000. O prefeito afirmou que sua gestão tentou negociar mudanças, mas, sem sucesso, "não houve nenhuma mudança no processo. Eu não me sinto à vontade em participar do consórcio dessa forma."

Abílio Brunini reforçou que as compras de Cuiabá são "volumosas, são compras difíceis de ser geridas", e que o atual modelo "não traz nem uma diferença" em termos de benefícios para a capital. Ele finalizou sua posição deixando claro que, a menos que o governo do estado se disponha a subsidiar e gerenciar o consórcio, "nós não vamos participar mais".

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