Mayara Campos - estagiária
Única News
O Hospital do Câncer de Mato Grosso está sem fornecer o receituário para o uso da medicação Talidomida, que é utilizada por pelos pacientes que fazem quimioterapia. O medicamento só pode ser retirado com a receita controlada pela Vigilância Sanitária. O Hcan estaria sem dar o documento há meses.
De acordo com Suyany Nunes, o pai está sem o remédio há dois dias e o hospital não dá previsão de quando as receitas voltarão a ser fornecidas. Ela disse que tenta pegar o documento desde junho, e a cada cobrança, uma justificativa diferente é dada.
“Primeiro falavam que semana que vem iria ter, na outra semana a mesma coisa. Depois disseram que houve surto de covid-19 no órgão que fornece as receitas e por isso estavam sem. Depois disseram que era a vigilância sanitária que não estava fornecendo e que já tinha sido feito o pedido. Eu mesma entrei em contato com a vigilância e me falaram que estavam trabalhando normalmente”, conta a filha.
O pai, Valdenor Loper, 63 anos, ficou internado no Hospital Geral em maio. E depois foi transferido para o HCan, após um diagnóstico de Mieloma, um tipo de câncer no sangue, em maio.
Mesmo internado, não foi iniciado o tratamento contra a doença, e Valdenor só passou pela quimioterapia após muita insistência da filha.
Após a alta hospitalar, ele passou a ser tratado em casa com o uso diário da Talidomida, e sessões quinzenais de quimioterapia.
A filha reclama que é preciso ter o receituário especial para retirar o remédio no Hospital Universitário Julio Muller, e o HCan não fornece, sem estimativas.
“Isso compromete todo o tratamento da pessoa com câncer. Além de demorar mais, é uma chance para que a doença avance. Não é só meu pai que está com este problema para pegar a receita. Eu sei de pessoas que estão sem o remédio há 15 dias por conta da falta da receita, mas eles não denunciam”, afirma a mulher.
Outro lado
A assessoria do Hospital de Câncer informou que a demora estava ocorrendo por conta da Vigilância Sanitária e que as receitas foram recebidas na sexta-feira (30). A partir desta segunda-feira (2) elas serão distribuídas aos pacientes.
Conforme informações, a Vigilância passou por um surto de covid-19, e ficou 15 dias fechada, atrasando a entrega das receitas.
(Com supervisão da jornalista Aline Almeida)
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