Elloise Guedes
Única News
Os trabalhadores nos Correios em Mato Grosso, decidiram entrar em greve por tempo indeterminado a partir da 0h00, desta terça-feira (18). Os funcionários lutam contra a privatização da empresa, por concurso público e pela manutenção do Acordo Coletivo 2019/2020.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios em Mato Grosso, Edmar Leite, a medida é um pedido de socorro da categoria em virtude dos abusos do governo federal.
"De uma hora pra outra o governo retirou o nosso acordo coletivo, com ajuda do presidente do STF, Dias Tofolli. Sem o nosso acordo coletivo que consta nele, o plano de saúde o tiket de alimentação que era um direito que acabava complementando o salário. Retirando isso o trabalhador do correio pode passar fome", ressaltou o presidente.
No início de julho, os trabalhadores foram surpreendidos pela decisão do presidente dos Correios, general Floriano Peixoto, de retirar direitos da categoria.
Os sindicalistas reclamam da retirada de “70 direitos” do acordo coletivo, que tem vigência de dois anos. Os trabalhadores dos correios questionam a diminuição de 30% no valor do adicional de risco, corte no vale-alimentação, licença maternidade de 180 dias e auxílio-creche.
Segundo Edmar, durante a greve, 30% dos serviços serão mantidos conforme determina a Lei, garantindo a entrega do que é prioridade.
"Nós não queríamos greve na Pandemia, nós não queríamos ter que paralisar, mas estamos sendo obrigados porque se não vamos passar fome. Esse é um caminho contra a privatização da empresa, que vai ser ruim não só para os Correios mas também para a população", finalizou Edmar Leite.
Nos próximos dias o Supremo Tribunal Federal (STF) julgará se a empresa será obrigada ou não a respeitar a vigência do Acordo 2019 a julho de 2021.
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