Cuiabá, 18 de Maio de 2024

COMPORTAMENTO Sexta-feira, 08 de Março de 2024, 15:25 - A | A

08 de Março de 2024, 15h:25 - A | A

COMPORTAMENTO / ESPECIAL DIA DA MULHER

Educadora física desenvolve trabalho voluntário e leva superação através do esporte para a vida de idosos

Rosângela Aredes Rodrigues conta que objetivo é fazer com que as pessoas da terceira idade se sintam úteis e sejam ouvidas

Aline Almeida
Revista Única



O esporte é capaz de curar, seja dores físicas ou emocionais. A experiência tem sido vivenciada e proporcionada pela educadora física Rosângela Aredes Rodrigues, através de um projeto que desenvolve com mulheres e especialmente com idosos. Rosângela é funcionária pública em Cuiabá e atua no Centro de Convivência de Idosos. Ao longo dos 20 anos de trabalho vem presenciando experiências de superação. Uma corrida, uma caminhada, um futebol, desafios que a educadora lança para que seus alunos-amigos se superem diariamente e isso tem dado certo.

"Eu gosto muito de esporte e eu acho que o esporte consegue curar muita gente. Hoje em dia as mulheres vivenciam a questão de depressão, solidão, tristeza, então eu procuro chamar as pessoas para praticar esporte, caminhada, corrida, jogar um futebolzinho, beat tênis. E eu venho com a questão do esporte desde cedo na minha vida, então eu acho que com o esporte, eu consigo mudar a vida das pessoas."

Como servidora pública, Rosângela trabalha com a terceira idade e tenta inserir o esporte na rotina. Mas por conta de ser um trabalho limitado, a educadora buscou uma forma de agregar mais as pessoas. "Fora o meu trabalho, eu estou levando o esporte para a vida deles, com a caminhada e a corrida. Eu fiz um convite para elas, mulheres acima de 60 anos, para praticar esporte. E a gente começou a caminhada e elas começaram a correr, começaram a pegar pódio."

A educadora ainda desenvolve um trabalho de trilhas para que as alunas conheçam lugares. Disso surgiu um grupo de corrida e caminhada. "Eu tenho um grupo chamado Trekkingin, que agrega as pessoas. A gente faz um treinamento, vai pra trilha, vai caminhar. Levando as pessoas a praticar o esporte, sem custo."

"Eu acho que independente de tudo a gente tem que ter atitude. Uns de ouvir, outros de estar perto, outros de caminhar com alguém, outros de estar presente na vida de alguém, seja com alunos, seja com parente, seja com família, seja com qualquer pessoa", diz Rosângela Arédis.

Algumas alunas de Rose já se tornaram amigas e a acompanham nestes 20 anos de projeto. "Então eu tenho uma facilidade de conversar com elas. Vamos fazer uma caminhada fora a parte das aulas? Vamos fazer um passeio? Vamos conversar? A partir dessa minha atitude eu acho que consigo que elas conversem mais, falem mais, desabafem, saiam depressão de perda de pessoa e da solidão."

Rosângela conta do trabalho com uma aluna que com mais de 70 anos participou na Corrida de Reis. "Ela se sentia na solidão, eu falei vamos caminhar? Ela aceitou. Ela tem 72 anos mais ou menos, eu falei, vamos correr a Corrida de Reis, pensar nessa meta? E a gente foi, esse ano é o segundo ano que a gente correu. Na primeira vez ela pegou faixa etária, ganhou uma premiação e ela ficou super feliz porque ela criou uma meta."

"Eu acho que quando você faz a diferença é quando você faz para os outro e vem para a gente mesmo. Uma pessoa está fazendo coisas que ela está se sentindo bem e você está lá para elogiar. A gente mostrar sempre empático com as pessoas, sempre está ali ajudando, nós temos que ser assim", complementa Rosângela.

A professora enfatiza que com os alunos/amigos de acima de 60 anos, sempre tenta estar disponível. "Quando eles ligam querendo conversar alguma coisa, porque às vezes eles moram sozinhos, sentem solidão. Então, quando você se mostra, você está ali disponível para ele, ele te demonstra que fica bem. Quando ele fala, professora, vamos caminhar amanhã? Eu falo, vamos, vou estar lá às 6h30min. Eles já estão 6h da manhã, eles chegam cedo. Eles querem estar presentes, eles querem participar. Então, eu estou ali disponível para eles conversarem, eu sou bastante ouvinte, eu quero ouvir eles falarem. Porque quando a gente fala, a gente tira de dentro da gente as coisas e não fica muito doente".

"Mostrar sempre empático com as pessoas, sempre estar ajudando, temos que ser assim. Sempre estou sorrindo. Eles falam, professora, eu gosto de estar com a senhora porque sempre está sorrindo. Se eu estiver triste por algum motivo, eles não precisam estar sabendo, eu não preciso ficar falando, eu vou tentar, eu vou procurar ajuda de outras pessoas. E eles, às vezes, não têm ninguém. A família deixa eles mais sozinhos, porque acha que eles não precisam mais de ajuda. E não é, eles precisam praticar esporte, eles precisam conversar, eles precisam se sentir útil".

A professora diz que é exatamente esse propósito, fazer com que essas pessoas da terceira idade se sintam úteis. "Eu acho que independente de tudo a gente tem que ter atitude. Uns de ouvir, outros de estar perto, outros de caminhar com alguém, outros de estar presente na vida de alguém, seja com alunos, seja com parente, seja com família, seja com qualquer pessoa. Eu acho que a gente tem que ter atitude de ajudar o outro, independente de qualquer coisa", reforça Rosângela.

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Comente esta notícia

Angélica Janaína Carvalho Borges 31/03/2024

Atitudes como de Rose, salva pessoas... Deus abençoe

Maria Emília 12/03/2024

Conheço o trabalho desta profissional de excelência, Ela torna o trabalho prazeroso, as pessoas idosas pegaram o gosto pela corridas, caminhadas, ela tem uma receptividade muito boa com as alunas e amigas

2 comentários

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