Cuiabá, 26 de Abril de 2024

ECONOMIA Sexta-feira, 05 de Março de 2021, 13:57 - A | A

05 de Março de 2021, 13h:57 - A | A

ECONOMIA / NOVA CRISE À VISTA

Abrasel diz que decreto é "desastroso" ao Setor de Alimentação Fora do Lar

Com assessoria
Única News



A determinação do Tribunal de Justiça de Mato Grosso para que a capital cumpra o decreto do Governo do Estado (Decreto Estadual nº 836, publicado no Diário Oficial do Estado em 01/03/2021), impondo o fechamento de estabelecimentos às 19h e toque de recolher entre 23h e 5h, deve trazer consequências desastrosas ao Setor de Alimentação Fora do Lar. Essa é a opinião da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL-MT).

A entidade avalia que um caos social e econômico possa ser causado, uma vez que o setor é composto por 26 mil empresas, que movimentam R$ 5,5 bilhões anualmente em Mato Grosso, gerando 70 mil empregos diretos e 150 mil postos de trabalho indiretos.

Membros da diretoria da associação se reuniram nessa quinta-feira (04) com a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), representada pelos deputados Max Russi, Dilmar Dal Bosco, Carlos Avallone, Ulysses Moraes, Faissal Calil, Janaína Riva, Eduardo Botelho, Wilson Santos, Elizeu Nascimento, Xuxu Dal Molin, Dr Gimenez, João Batista e Paulo Araújo, buscando estabelecer um diálogo com o governo, solicitando que ajustes sejam feitos no decreto.

O vice-presidente da ABRASEL-MT, Fernando Medeiros, salientou que as medidas impostas pelo decreto estadual são inviáveis e prejudicam, principalmente, as empresas que abrem somente no período noturno. "O ‘toque de recolher', dessa forma, impactará principalmente os pequenos empresários, os estabelecimentos que abrem, por exemplo, somente para o jantar”, ressalta.

Além disso, o não funcionamento dos restaurantes aos sábados e domingos acarretará em cortes nos empregos e fechamento de muitas operações do segmento. Medeiros enfatizou que é preciso buscar um entendimento e solução imediata diante da inviabilidade econômica para o setor trabalhar nos horários estabelecidos pelo decreto estadual vigente.

A associação partilha da decisão do governo do estado de enrijecer as ações de fiscalização no combate às aglomerações e enfatiza que restaurante não é balada.

O vice-presidente reforça que a fiscalização precisa ser efetiva e os estabelecimentos que descumprirem as regras devem ser rigorosamente punidos. “Não é justo que um pequeno grupo de empresários seja usado como termômetro para o segmento como um todo”, complementa.

A entidade acredita que se todos os estabelecimentos trabalharem como restaurante, com consumo somente sentado e respeitando todos os protocolos, com apoio de uma fiscalização rigorosa, esforços conjuntos entre governo e prefeitura, é possível evitar a proliferação da Covid-19 e também a morte de milhares de empresas

O vice-presidente presidente da associação destaca ainda que busca uma melhor compreensão do governo do estado quanto às restrições ao segmento e enfatiza que os restaurantes vem cumprindo, de forma irrestrita, todas as normas de biossegurança, com o objetivo de conter a propagação do vírus durante este um ano de pandemia.

O setor espera que o governador ouça suas solicitações, ouça os deputados; e que juntos possam conseguir uma flexibilização, calibrando e ajustando alguns pontos do decreto.

“Queremos trabalhar, produzir, manter os postos de trabalho, gerar empregos e arrecadação para o estado. Nosso papel faremos com rigor”, finaliza o vice-presidente da ABRASEL MT.

Após a reunião, um ofício foi encaminhado ao governador com pedido de consideração do Setor de Alimentação Fora do Lar para que haja uma flexibilização de dias e horários, o mais rápido possível. A ALMT se comprometeu em discutir o assunto com urgência.

FAÇA PARTE DE NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS!

GRUPO 1  -  GRUPO 2  -  GRUPO 3

Comente esta notícia