Opinião e Notícias
(Foto: Reprodução)
A Organização Mundial da Saúde (OMS) está preocupada com o fato de que muitos brasileiros não estão devidamente imunizados contra a febre amarela. Em informe publicado esta semana, a entidade alerta que “o grande número de pessoas não vacinadas – que vivem em áreas com ecossistema favorável à transmissão do vírus – pode representar um elevado risco de mudança no padrão da transmissão atual”.
Para a OMS, frear o avanço da doença em nosso país será um “desafio significativo”, especialmente no âmbito da logística. A organização tomou conhecimento de que, na semana passada, postos de saúde ficaram sem a vacina. Em alguns pontos, foi preciso reforçar o policiamento e a espera na fila chegou a nove horas de fila e incerteza.
Nos três primeiros meses do ano, a meta do Ministério da Saúde será vacinar 21,8 milhões de pessoas em 77 municípios de São Paulo e do Rio de Janeiro (entre 25 de janeiro até 17 de fevereiro) e da Bahia (entre 19 de fevereiro e 3 de março) com a ajuda da organização suíça. Para tanto, Brasília e Genebra negociam o envio de 20 milhões de seringas – entre outras formas de cooperação.
A OMS recomenda aos governos em todo o mundo que disseminem a recomendação de vacinar seus cidadãos antes de ingressar no Brasil como turistas. Principal destino turístico do país, o Rio de Janeiro já registra 15 casos da doença, com o alarmante número de sete mortes – sendo três em Valença, duas em Teresópolis e outra em Nova Friburgo, no interior do estado. Em Niterói, a morte de um macaco levou pânico à população. Ainda existe a confusão de que a doença seja transmitida por macacos – o que é um erro. Na verdade, a transmissão se dá – é sempre bom lembrar – por mosquitos somente.
Em campanha contra a doença, o Hemorio adotou uma estratégia para atrair candidatos à doação de sangue – que receberão a dose da vacina logo em seguida.
Outras doenças causadas pelo mosquito
As chuvas constantes de verão favorecem a proliferação do mosquito Aedes aegypti – também transmissor da dengue, zika e chikungunya, contra as quais não existe vacina eficaz. Relatório recente do Ministério da Saúde revela que, em 2017, a Região Centro-Oeste registrou a maior taxa de incidência de zika do país, com um total de 38,3 casos por 100 mil habitantes. No geral, o país registrou 16.870 ocorrências de zika, 239.076 foram de dengue e 184.458 de chikungunya. A febre é o sintoma comum às três diferentes doenças.
O país descobriu recentemente – e na própria pele – que o vírus zika é responsável pela microcefalia congênita e outras graves alterações neurológicas quando há transmissão ao feto em mulheres grávidas. Já com o vírus chikungunya, as articulações são atingidas, com evolução para quadros de artrites crônicas. No caso de dengue, por sua vez, pode haver evolução para choque e morte do paciente.
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