Cuiabá, 14 de Maio de 2024

JUDICIÁRIO Quinta-feira, 04 de Março de 2021, 09:00 - A | A

04 de Março de 2021, 09h:00 - A | A

JUDICIÁRIO / “VERGONHOSO ACHINCALHAMENTO”

Delegados saem em defesa de Stringueta e dizem que exoneração foi ‘perseguição’

Edy Santiago
Única News



Para a Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol), a exoneração do delegado Flávio Stringueta da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) é resultado de perseguição. O agente foi exonerado depois que escreveu um artigo criticando o benefício “absurdo” do Ministério Público, que comprou celulares de última geração para promotores e procuradores.

A Adepol Brasil lamentou que, “em pleno século XXI, uma autoridade policial reconhecida e respeitada por toda a sociedade mato-grossense pelos trabalhos que prestou no decorrer de sua jornada, seja perseguida e perca o cargo porque ousou pensar diferente”.

Afirmou que ele foi exonerado por emitir uma opinião pessoal a respeito da “compra e aquisição imoral de supérfluos pelo Ministério Público de Mato Grosso em contexto de miséria e severa crise social e econômica no país.”

Em nota, a Associação ainda disse que Stringueta sofre um “vergonhoso achincalhamento” e que a pior mordaça é aquela que se disfarça.

Veja a íntegra da nota de repúdio:

Adepol do Brasil manifesta ser lastimável percebermos que, em pleno século XXI, uma autoridade policial reconhecida e respeitada por toda a sociedade mato-grossense pelos trabalhos que prestou no decorrer de sua jornada, seja perseguida e perca o cargo porque ousou pensar diferente.

Ou seja: exonerado da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) porque emitiu uma opinião pessoal, formou um juízo de valor crítico a respeito de compra e aquisição imoral de supérfluos pelo Ministério Público de Mato Grosso em contexto de miséria e severa crise social e econômica no país. O Delegado de Polícia retro citado sofre vergonhoso achincalhamento, próprio de uma visão nobiliarquica de mundo que tragicamente eterniza nosso atraso e subdesenvolvimento crônico.

A pior mordaça é aquela que se disfarça. Certo ou errado em suas palavras, caberia a ele ser interpelado por quem de direito, se fosse o caso. Perseguir sorrateiramente um profissional e arranca-lo de seu cargo por pensar diferente, é algo intolerável e inadmissível a uma sociedade democrática.

A Adepol do Brasil manifesta total indignação no caso, instando a Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso a ter uma postura isenta, equilibrada e de defesa do Estado de Direito no caso do Delegado de Polícia em questão. Nada pior que uma declarada autofagia.

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