24 de Março de 2025
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JUDICIÁRIO Quinta-feira, 17 de Junho de 2021, 15:15 - A | A

17 de Junho de 2021, 15h:15 - A | A

JUDICIÁRIO / R$ 1,1 MILHÃO

Juiz determina bloqueio de imóvel de pais de menor que matou Isabele

Thays Amorim
Da Redação



O juiz da 8ª Vara Criminal de Cuiabá, Murilo Moura Mesquita, determinou o bloqueio de um imóvel de R$ 1,1 milhão dos empresários Marcelo Cestari e Gaby Cestari, pais da adolescente B.O.C, de 15 anos, que matou Isabele Guimarães com um tiro na cabeça. A medida prevê o ressarcimento por danos morais à mãe de Isabele, Patrícia Hellen Guimarães.

"Intimação das partes: IV. Intimem-se as partes, por intermédio de seus representantes judiciais, para que, no prazo de 15 (quinze) dias, manifestem-se quanto ao impedimento ou suspeição do perito, se for o caso, indiquem assistente técnico e apresentem quesitos. Anoto que as partes deverão justificar a pertinência e necessidade de seus quesitos, sob pena de indeferimento", aponta trecho da decisão.

LEIA MAIS: Mãe de Isabele pede bloqueio de imóvel dos pais da atiradora por dano moral

O bloqueio do imóvel é temporário, com objetivo de assegurar Patrícia em uma eventual condenação para indenizar o dano causado pelo crime. Portanto, de acordo com o Código de Processo Penal, a decisão é cautelar.

Na ação inicial, Patrícia alega que as investigações policiais confirmaram que o disparo que matou Isabele foi feito pela adolescente. Além disso, a empresária alega que os pais, Marcelo e Gaby, negligenciaram a guarda da arma de fogo utilizada pela menor que matou Isabele.

Atualmente, a adolescente B.O.C está internada em uma cela do Centro Socioeducativo Menina Moça, no Complexo Pomeri. A internação foi proferida pela juíza Cristiane Padim da Silva, da 2ª Vara Especializada da Infância e Juventude em Cuiabá, em janeiro deste ano.

O caso

Isabele foi morta na noite de 12 de julho, na casa da amiga B.O.C., hoje com 15 anos, com um tiro que transfixou sua cabeça, entrando pelo nariz e saindo na nuca. A menina tinha passado o dia todo na casa da família Cestari, com a amiga, os pais dela e seus irmãos e os namorados de duas delas. Isabele morreu por volta das 22h.

B. alegou que o tiro foi acidental. A menor disse ainda que tinha ido atrás de Isabele em um banheiro, com um case contendo duas armas nas mãos. Esse case teria caído e, ao se levantar, perdeu o equilíbrio e atirou sem querer na amiga.

No entanto, a Polícia Civil descartou essa versão e a menina responde por crime análogo à homicídio doloso – quando há intenção de matar.

Além do enquadramento de B.O.C. em crime análogo a homicídio doloso, também foram incriminados: os pais dela, Marcelo Cestari e Gaby Soares, por homicídio culposo, entrega de arma de fogo a menor de idade, fraude processual e corrupção de menores; o sogro dela, Glauco Correa da Costa, por omissão de cautela na guarda de arma de fogo; e o ex-namorado dela, o menor G.C.C., por ato infracional análogo ao porte ilegal de arma de fogo, porque transitou armado, sem autorização.

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