Única News
Da Redação
Depois de um ano desde o início das obras de retaludamento no morro do Portão do Inferno, na MT-251 (Estrada para Chapada), o O Governo de Mato Grosso decidiu implantar um túnel na região. A decisão foi tomada com base em "estudos mais aprofundados", viabilizados somente após o início das obras no local.
Há um ano, as obras começaram a ser realizadas pela Lotufo Engenharia e Construção, contratada sem licitação devido à então urgência, segundo o Governo do Estado. No entanto, pouco foi feito e agora os planos mudaram. Atualmente, a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT) trabalha na elaboração do anteprojeto de engenharia, para realizar a licitação para contratação integrada de uma empresa. A expectativa é que o edital seja publicado em agosto deste ano.
A Sinfra-MT ressaltou, em nota emitida nesta sexta-feira (27), que as intervenções realizadas até este momento seriam necessárias, independentemente da solução final adotada. "As ações executadas foram fundamentais para estabilizar o talude e eliminar blocos rochosos que representavam alto risco aos usuários da rodovia", diz a nota.
Ainda de acordo com a Sinfra, "a escolha pelo túnel representa uma solução com menor impacto social, paisagístico e operacional, além de preservar o entorno da rodovia e permitir a continuidade do tráfego durante a execução das obras".
A mudança no projeto original foi definida após a realização de sondagens geotécnicas, só possíveis com o avanço das obras. Os estudos incluíram levantamentos topográficos com tecnologia de detecção remota e ensaios geofísicos, possibilitando uma caracterização mais precisa da rocha no local. A reavaliação da alternativa de engenharia também foi recomendada em pareceres técnicos emitidos pelo ICMBio e pelo Ibama.
No entanto, comol divulgado pelo Única News anteriormente, estes riscos já haviam sido apontados por geólogos ainda no ano passado. “Esse estudo já indicava que a ausência das sondagens comprometia, levava a incertezas geológicas muito grandes sobre a obra, assim como outros problemas, como a falta de de via de acesso até o topo, onde fazer a locação de todo esse material retirado”, ressaltou o geólogo e pesquisador Caiubi Kuhn.
O Governo do Estado argumenta que, desde os deslizamentos ocorridos em dezembro de 2023, direcionou técnicos e consultorias para uma solução rápida em um momento de crise, para atendimento do risco iminente à vida e a infraestrutura local.
"O Governo de Mato Grosso adotou medidas mitigadoras permanentes para garantir a segurança na região. Entre elas, destacam-se a instalação de barreiras dinâmicas e a remoção de grandes blocos de rocha instáveis, que reduziram significativamente o risco de acidentes."
A restrição à passagem de veículos pesados também contribuiu para o aumento da segurança na via, permitindo a adoção de uma solução mais duradoura, como o túnel, mesmo com um tempo de execução mais longo. Inicialmente, a opção pelo retaludamento foi considerada por permitir uma resposta mais rápida à população e à necessidade de restabelecer a normalidade no tráfego.
Ainda não há projeto publicado oficialmente ou previsão de quanto tempo será necessário para que a obra do túnel saia do papel.
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