Única News
Da Redação
O juiz da 11ª Vara Criminal de Cuiabá, Marcos Faleiros, recebeu a apelação do Ministério Público Estadual (MPMT) contra a condenação da tenente Izadora Ledur por maus-tratos contra o aluno de soldado Rodrigo Claro. O órgão ministerial busca a condenação de Ledur por tortura, acusação da qual foi livrada no julgamento do dia 23 de setembro.
“Vistas ao Ministério Público e Defesa para apresentação das Razões Recursais no prazo legal. Ato contínuo, vistas à Defesa e Ministério Público para apresentação das respectivas contrarrazões, no prazo de 10 (dez) dias, conforme disposto no artigo 531 do Código de Processo Penal Militar. Remetam-se os autos ao Egrégio Tribunal de Justiça, fazendo grafar nossas homenagens de estilo", diz trecho da manifestação.
O promotor responsável pelo caso, Paulo Henrique Amaral Motta, já havia afirmado à imprensa que iria recorrer da sentença, que classificou como injusta e equivocada.
A sentença foi proferida pelo conselho militar composto pelo tenente-coronel Neurivaldo Antônio de Souza e os majores Paulo César Vieira de Melo Júnior, Ludmila de Souza Eickhoff e Edison Carvalho. Os juízes militares Neurivaldo e Abel votaram pela condenação por perda de patente, mas foi voto vencido.
O juiz da 11ª Vara Militar de Cuiabá, Marcos Faleiros, presidiu o julgamento. A bombeira militar foi julgada por maus-tratos.
No julgamento, o MP pedia a condenação de Ledur por tortura, com perda da função. O promotor demonstrou em sua sustentação que Rodrigo estava sendo perseguido pela tenente e foi submetido a intenso sofrimento.
O caso
Rodrigo Claro morreu após passar mal durante um treinamento aquático, na Lagoa Trevisan, pelo 16º Curso de Formação, em novembro de 2016. Segundo depoimentos de colegas, Rodrigo reclamou de dores de cabeça e exaustação, mas foi obrigado por Ledur a continuar o treinamento.
Apesar de apresentar excelente condicionamento físico, o aluno demonstrou dificuldades para desenvolver atividades como flutuação, nado livre, entre outros exercícios.
Para o Ministério Público Estadual (MPMT), por Rodrigo ter apresentado dificuldades para desenvolver atividades como flutuação, nado livre e outros exercícios e, ainda assim, a oficial utilizar métodos abusivos nos treinamentos para puni-lo, revela “inequivocamente, o perfil perverso da tenente como instrutora”.
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