14 de Fevereiro de 2025
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JUDICIÁRIO Quarta-feira, 15 de Maio de 2024, 13:15 - A | A

15 de Maio de 2024, 13h:15 - A | A

JUDICIÁRIO / CRIME EM PEIXOTO DE AZEVEDO

Justiça determina busca e apreensão de Ford Ranger usada em fuga de mãe e filho em MT

Cooperativa de crédito entrou com ação juducial após pecuarista que matou idosos atrasar três parcelas de financiamento do veículo.

Ari Miranda
Única News



A Justiça de Mato Grosso concedeu liminar favorável de busca e apreensão patrimonial contra a pecuarista Inês Gemilaki (48), que atirou e matou dois idosos e tentou matar outros dois homens, em Peixoto de Azevedo (673 Km de Cuiabá), no dia 21 do mês passado.

A decisão é do juiz João Zibordi Lara, da 2ª Vara Criminal de Peixoto de Azevedo. A ação foi movida pela cooperativa de crédito Sicredi Norte MT, devido ao fato de Inês estar em dívida com o financiamento de uma caminhonete Ford Ranger, ano 2021.

Em suas alegações, a cooperativa alega que concedeu o financiamento à pecuarista, no valor de R$ 134,8 mil, que deveriam ser pagos em oito prestações. No entanto, desde fevereiro deste ano, Inês parou de pagar as parcelas do acordo, mais de 2 meses antes do duplo homicídio cometido pela pecuarista junto com seu filho, o médico Bruno Gemilaki Dal Poz (28).

Mãe e filho invadiram uma residência no dia 21 de abril deste ano e mataram a tiros os idosos Rui Luiz Bogo (68) e Pilson Pereira da Silva (80).

O crime aconteceu no dia 21 de abril, portanto, à época, ela ainda estava em liberdade e em condições de pagar a dívida.

O documento da Justiça cita uma notificação extrajudicial como prova do não pagamento, conforme jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

“Para a comprovação da mora nos contratos garantidos por alienação fiduciária, é suficiente o envio de notificação extrajudicial ao devedor no endereço indicado no instrumento contratual, dispensando-se a prova do recebimento, quer seja pelo próprio destinatário, quer por terceiros”, afirmou o juiz.

Diante da comprovação da dívida, o magistrado concedeu uma liminar, determinando a ordem de busca e apreensão da caminhonete adquirida pela pecuarista, que terá até cinco dias para pagar a dívida e recuperar o veículo.

Caso o valor não seja quitado, a picape Ford Ranger será entregue para a cooperativa, que poderá mandar o veículo para leilão.

A caminhonete em questão (Ford Ranger) foi a mesma utilizada por Inês e Bruno Gemilaki na fuga, logo após o duplo homicídio. Ela foi apreendida no dia 27 de abril e encontra-se guardada no pátio da Delegacia de Polícia Civil, em Peixoto de Azevedo.

Reprodução

ines gemilaki e bruno gemilaki assassinatos em peixoto de azevedo

 

O CRIME

O duplo homicídio ocorreu durante uma confraternização de amigos no dia 21 de abril, em uma residência localizada no bairro Alvorada, em Peixoto de Azevedo (673 Km de Cuiabá). Inês, Bruno e Eder invadiram o local e efetuaram diversos disparos de arma de fogo, matando Rui e Pilson.

Durante a invasão, Bruno iniciou os disparos, seguido por Inês. Enquanto isso, Eder fazia a contenção de pessoas que estavam no local e garantir que ninguém tentasse entrar na casa para socorrer as vítimas. O padre José Roberto recebeu um disparo na mão, mas sobreviveu.

O alvo do grupo era o garimpeiro Enerci Afonso Lavall, conhecido como "Polaco", dono da residência onde ocorreu o crime, isto por causa de uma dívida que Inês tinha com ele em razão de um contrato de locação de um imóvel. No entanto, no momento em que tentou disparar contra seu alvo, a arma de Inês falhou pelo menos três vezes.

O Ministério Público entendeu que o homicídio foi cometido por motivo fútil, além disso, o grupo ainda utilizou de recurso que dificultou a defesa das vítimas.

 

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