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JUDICIÁRIO Terça-feira, 30 de Julho de 2024, 11:29 - A | A

30 de Julho de 2024, 11h:29 - A | A

JUDICIÁRIO / CASO BRUNA DE OLIVEIRA

Justiça marca julgamento de homem que matou e arrastou corpo da namorada pela rua em MT

Crime ocorreu na madrugada de 2 de junho deste ano em Sinop, no norte do estado.

Ari Miranda
Única News



A juíza Rosângela Zacarkim dos Santos, da 1ª Vara Criminal de Sinop (500 Km de Cuiabá), marcou para as 16 horas do dia 11 de setembro deste ano, o julgamento do criminoso Wellington Honorato dos Santos (32), que matou e arrastou o corpo da namorada, Bruna de Oliveira (24) pelas ruas da cidade, no norte do estado, na madrugada de 2 de junho.

A denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) contra o assassino foi recebida pela juíza no dia 25 de junho. Na decisão, a juíza considerou a qualificadora de motivo fútil para o homicídio, além do crime de ocultação de cadáver.

Além de marcar o julgamento de Wellington, a magistrada agendou para o dia 11 de agosto a audiência de instrução e julgamento do caso, uma vez que “não houve arguição de preliminares na Resposta à Acusação apresentada em favor do réu, nem existe hipótese de absolvição sumária”.

(Foto: Reprodução/Redes Sociais)

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A vítima, Bruna de Oliveira.

O CRIME

Após matar Bruna, Wellington enrolou uma corrente de aço no pescoço da namorada, trancou com um cadeado e arrastou o cadáver amarrado à sua motocicleta pela rua, até uma vala de esgoto, onde desovou o corpo, que foi encontrado pelo irmão da vítima.

A jovem estava desaparecida desde sábado (1º/6), quando saiu com Wellington e não retornou mais para casa. Preocupados, familiares teriam entrado em contato com o suspeito, que negou estar junto com a namorada e afirmou que a tinha deixado em casa por volta das 22 horas.

Desconfiado, o irmão de Bruna foi até a casa de Wellington no domingo (2) de manhã, em busca de mais informações. Ao chegar no imóvel, se deparou com marcas de sangue do lado de fora da residência.

O rapaz passou a procurar pela irmã nas proximidades, quando finalmente encontrou o corpo da jovem jogado em uma valeta. Bruna tinha um corte profundo na garganta e uma corrente enrolada em seu pescoço, fechada com cadeado.

O assassino foi preso em flagrante na cidade de Nova Maringá (378 Km de Cuiabá), aproximadamente 35 horas depois do crime, em uma rápida investigação da equipe da Delegacia da Mulher, de Sinop, em parceria com delegacias da região.

A CONFISSÃO

Em depoimento, Wellington confessou o crime e disse que, antes de matar Bruna, eles estavam consumindo bebidas alcoólicas associadas com cocaína na quitinete onde ele morava, momento em que o casal deu início a uma discussão.

Em um acesso de fúria, ele agarrou o pescoço da namorada com as mãos, a derrubou e bateu a cabeça dela com força por várias vezes contra o chão.

“Nesse momento, ele percebeu que a vítima [Bruna] havia desfalecido e entendeu que tinha matado ela e teria que tirar o corpo dali. Ele teve a ideia de pegar a corda, que ele tinha usado para amarrar um isopor, uma corda fina (...) que teria dado o sinal de esganamento, que o perito [da Politec] constatou quando da perícia no local”, disse a delegada Renata Evangelista, que investigou o caso.

Além disso, o feminicida garantiu em seu depoimento que não lembra o motivo pelo qual matou a namorada e, devido ao efeito dos entorpecentes no organismo, arrastar o corpo da namorada pela rua foi a única opção que ele encontrou naquele momento para se desfazer do cadáver, alegando ainda que não se lembrava do crime.

“Ele alega que na hora foi a única ideia que ele teve, porque ele tinha moto, que estava na porta da quitinete. Então, teve a ideia de pegar uma corda e amarrar [no pescoço da vítima], entendendo que não teria outra maneira de carregar, e resolveu amarrar [a corda] à cabeça [da vítima] e na traseira da moto, pra jogar no valetão”, destacou a delegada.

“Ele falou que não lembra, que ele estava surtado. Ele entendeu que tinha matado e que tinha que dar cabo desse corpo, chegando a voltar (...) pra lavar a casa, pois estava muito ensanguentada”, completou.

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