09 de Maio de 2025
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POLÍCIA Terça-feira, 04 de Junho de 2024, 13:15 - A | A

04 de Junho de 2024, 13h:15 - A | A

POLÍCIA / DISSE NÃO LEMBRAR DO CRIME

Bandido que matou namorada em MT diz que "arrastar o corpo foi a única ideia que teve para se livrar"

Feminicida confessou autoria do crime e disse que estava consumindo cocaína e bebidas junto com a namorada antes do crime.

Ari Miranda
Única News



Em coletiva de imprensa na manhã desta terça-feira (4), a delegada Renata Evangelista, da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Sinop (500 Km de Cuiabá), afirmou que o criminoso Wellington Honorato dos Santos (32) disse em depoimento que não se lembra de ter matado a namorada Bruna de Oliveira (24).

O corpo da jovem foi encontrado pelo irmão dela, jogado em um valeta de esgoto, por volta das 21h30 de domingo (2). Após matar a namorada, o feminicida enrolou uma corrente de aço no pescoço dela, trancou com um cadeado e arrastou o corpo de Bruna com sua motocicleta pela rua até o local, onde desovou o cadáver.

RELEMBRE O CASO: Mulher é degolada e tem corpo arrastado por motocicleta até valeta; VÍDEO

Em depoimento, Wellington assumiu a autoria do crime e disse que antes de matar Bruna, o casal estava consumindo bebidas alcoólicas associadas com cocaína, na quitinete onde ele morava, quando teve início uma discussão entre eles. Em um acesso de fúria, ele agarrou o pescoço da namorada com as mãos, a derrubou e bateu a cabeça dela com força por várias vezes contra o chão.

“Nesse momento, ele percebeu que a vítima [Bruna] havia desfalecido e entendeu que tinha matado ela e teria que tirar o corpo dali. Ele teve a ideia de pegar a corda, que ele tinha usado para amarrar um isopor, uma corda fina (...) que teria dado o sinal de esganamento, que o perito [da Politec] constatou quando da perícia no local”, destacou a delegada.

Além disso, o feminicida garantiu em seu depoimento que não lembra o motivo pelo qual matou a namorada e, devido ao efeito dos entorpecentes no organismo, arrastar o corpo da vítima pela rua para “jogar fora” foi a única opção achada naquele momento para se desfazer do cadáver, alegando ainda que não se lembrava do crime.

“Ele alega que na hora foi a única ideia que ele teve, porque ele tinha moto, que estava na porta da quitinete. Então, teve a ideia de pegar uma corda e amarrar [no pescoço da vítima], entendendo que não teria outra maneira de carregar, e resolveu amarrar [a corda] à cabeça [da vítima] e na traseira da moto, pra jogar no valetão”, destacou Renata Evangelista.

“Ele falou que não lembra, que ele estava surtado. Ele entendeu que tinha matado e que tinha que dar cabo desse corpo, chegando a voltar (...) pra lavar a casa, pois estava muito ensanguentada”, completou a delegada

O feminicida foi preso em flagrante quase 32 horas depois do crime, no final da tarde desta segunda-feira (3), em Nova Maringá (378 Km de Cuiabá), médio norte do estado, a mais de 350 quilômetros do local do feminicídio.

Ele foi recambiado para a Delegacia da Mulher, em Sinop, onde será ouvido novamente nas próximas horas.

Posteriormente, deve ser encaminhado para a audiência de custódia no fórum da cidade.

(Foto: Reprodução/Montagem)

WELLINGTON HONORATO - FEMINICIDIO SINOP.jpg

Momento em que o criminoso sai arrastando o cadáver da namorada pela rua.

O CASO

O crime cometido por Wellington chocou a população de Sinop pela brutalidade como foi cometido.

Após degolar a namorada, o feminicida enrolou uma corrente de aço no pescoço dela, trancou com um cadeado e arrastou o corpo de Bruna com sua motocicleta pela rua até uma área de mata, onde desovou o cadáver.

A polícia foi acionada às 21h30 de domingo para atender a denúncia. O corpo de Bruna foi encontrado pelo irmão dela, jogado em uma valeta no local.

Bruna estava desaparecida desde sábado (1º), quando saiu com Wellington e não retornou mais para casa. Preocupados, familiares teriam entrado em contato com o suspeito, que negou estar junto com a namorada e afirmou que teria deixado ela em casa por volta das 22 horas.

Desconfiado, o irmão de Bruna foi até a casa de Wellington no domingo de manhã em busca de mais informações sobre a irmã. Ao chegar no imóvel, se deparou com marcas de sangue do lado de fora da residência.

O rapaz passou a procurar pela irmã nas proximidades, quando em determinado momento da busca, encontrou o corpo da jovem jogado em uma valeta. Bruna foi encontrada com um corte profundo na garganta e uma corrente enrolada em seu pescoço, fechada com cadeado.

Após a perícia, o corpo foi encaminhado até o Instituto Médico Legal (IML).

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