Thays Amorim
Única News
A juíza Suzana Guimarães Ribeiro, do Núcleo de Audiências de Custódias, concedeu liberdade provisória ao enfermeiro de 34 anos acusado de estuprar uma mulher grávida, de 28 anos, que estava sob efeito de remédios, no Hospital Geral em Cuiabá, na madrugada da última quarta-feira (13). Com a decisão, a magistrada determinou medidas preventivas, como o uso da tornozeleira eletrônica por seis meses.
A liberdade foi concedida no final da tarde da última quarta-feira (13), em audiência de custódia após a prisão em flagrante. A juíza determinou ainda que o Hospital Geral afaste o suspeito pelo prazo de 90 dias, até a conclusão do inquérito policial. O enfermeiro também irá responder um processo administrativo no hospital para apurar os fatos.
Apesar do suspeito possuir antecedentes e ser alvo de uma denúncia semelhante, Ministério Público Estadual (MPE) se manifestou pela liberdade provisória do acusado, com o uso da tornozeleira.
Em sua decisão, a juíza condenou o estupro, mas destacou que é necessária uma maior “apuração” dos fatos e que não existem elementos concretos de que o suspeito irá ferir a ordem pública em liberdade.
“Verifico, que a conduta criminosa, em tese, praticada pelo autuado no presente caso, se mostrou exacerbadamente reprovável, todavia entendo que não é o caso de manter a prisão do autuado neste momento, até que se apure por completo os fatos narrados nos autos”, disse.
“Assim, sendo nada há que justifique a custódia do flagrado com relação à conveniência da instrução criminal e à garantia de aplicação da lei penal, tendo em vista a inexistência de elementos concretos e objetivos que, nesta seara de cognição não exauriente, permita supor que, em liberdade, conturbará a colheita de provas, nada indicando, em princípio, que se furtará à aplicação da lei, caso seja colocado em liberdade”, enfatizou.
O caso
Um enfermeiro de 34 anos, que não teve a sua identidade divulgada, foi preso na madrugada desta quarta-feira (13), suspeito de estuprar uma paciente de 28 anos grávida, que estava sendo medicada no Hospital Geral (HG) em Cuiabá. A vítima relatou que após a medicação, o enfermeiro retirou sua roupa e pegou na sua barriga, na virilha e depois a estuprou.
Segundo o registro da Polícia Militar, uma guarnição foi acionada para se deslocar até o local do fato. A vítima relatou aos policiais que está grávida e ao ser atendida no Hospital Geral devido à sua gravidez ser de risco, por volta das 2h, tomou uma medicação aplicada por uma enfermeira e após isso ela saiu do local.
A vítima disse que o suspeito foi até o quarto em que ela estava sozinha e retirou sua roupa de baixo, começando a pegar em sua barriga e virilha. A vítima pediu para que o suspeito parasse com a ação.
De acordo com a mulher, ela não podia reagir devido à medicação e ao seu estado de gravidez. Os atos só pararam quando a recepcionista foi até o quarto. Entretanto, quando a funcionária saiu, ele retornou e voltou com os abusos até que a vítima disse que o seu esposo estava chegando.
Após citar o seu esposo, ela saiu do local, retirando a medicação, e chamou pelo seu marido, que acionou a Polícia Militar. O suspeito foi detido e encaminhado à Delegacia da Mulher, sem lesões corporais. A vítima e o esposo tentaram localizar alguém responsável pelo Hospital Geral, mas não obtiveram êxito.
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