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POLÍCIA Terça-feira, 18 de Outubro de 2016, 19:46 - A | A

18 de Outubro de 2016, 19h:46 - A | A

POLÍCIA / CASO MAIANA

Acusado de matar adolescente diz que cometeu crime durante discussão

MP diz que Paulo Ferreira Martins foi contratado para cometer o crime. Ele confessou que matou a adolescente Maiana Viela, em 2011, em Cuiabá.

Do G1 MT



Réus Paulo Ferreira Martins, Carlos Alexandre da Silva e  Rogério da Silva Amorim (Foto: Reprodução/TVCA)
Réus Paulo Ferreira Martins, Carlos Alexandre da Silva e Rogério da Silva Amorim (Foto: Reprodução/TVCA)
 
 

Paulo Ferreira Martins, de 44 anos, acusado de ter sido contratado para matar a adolescente Maiana Mariano Vilela, de 16 anos, assassinada por asfixia em 2011, afirmou, durante interrogatório no Tribunal do Júri que ocorre nesta terça-feira (18), no Fórum de Cuiabá, que cometeu o crime durante uma discussão com a vítima. O réu, que virou evangélico após ser preso, diz que se arrepende do crime e que está disposto a pagar pelo que fez.

 

Segundo Paulo, a adolescente o havia convidado para assaltar a empresa de Rogério da Silva Amorim, de 42 anos, com quem mantinha um relacionamento. O empresário é apontado pelo Ministério Público Estadual (MPE) como mandante do crime e negou o crime ao ser interrogado hoje. Carlos Alexandre da Silva, que também é acusado de participar do assassinato, ainda deve ser ouvido.

 

Maiana Mariano, de 17 anos, foi assassinada em dezembro de 2011 (Foto: Arquivo pessoal)

 

O Tribunal de Júri é conduzido pela juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, da 1ª Vara Criminal de Cuiabá. Durante o interrogatório, Paulo disse que conheceu Maiana enquanto prestava serviço de segurança em uma boate na capital. “Eu ficava na porta verificando os documentos de identidade das pessoas que entravam", disse.
 

Na ocasião, segundo Paulo, Maiana entrou acompanhada de outro homem. “Vi que o Rogério não estava. Só perguntei dele e ela disse que não sabia”, afirmou. No final da festa, ainda de acordo com Paulo, a adolescente o teria procurado para pedir que ele não contasse a Rogério que ela estava acompanhada no evento.

 

Após o episódio, Paulo disse que se encontrou outras vezes com a adolescente e que ela propôs um assalto na empresa de Rogério. Para cometer o crime, Maiana havia oferecido R$ 6 mil. “Era perto do Natal, eu não tinha condição financeira boa e aceitei. Por isso, eu bolei um plano e chamei o Carlos Alexandre para me ajudar”, alegou.

 

Segundo Paulo, ele e Carlos estavam prestando serviço na chácara em que a adolescente foi encontrada morta quando ela chegou para combinar o plano do assalto. “Ela [Maiana] veio de moto e parou para conversar comigo. Nós começamos a discutir e ela jogou uma das ferramentas que eu estava usando em mim”, afirmou.

 

O réu disse que ficou irritado com a situação e “não viu a hora que 'grudou' no pescoço” da vítima. “Ela começou a me agredir e eu revidei. Foi aí que eu perdi a cabeça e, quando eu vi, ela já tinha morrido”, disse.

 

Após asfixiar a adolescente com as mãos, Paulo disse que pediu a ajuda de Carlos Alexandre para colocar o corpo da jovem no banco traseiro de um carro e retirá-lo da chácara. “Nós cobrimos o corpo com um pano para ninguém ver e criamos um plano para nos livrarmos do corpo”, afirmou.

 

Corpo de adolescente foi enterrado na tarde desta terça (31) em Cuiabá (Foto: Marcelo Ferraz/G1MT)
Corpo de adolescente foi enterrado sete meses
após a morte em Cuiabá (Foto: Marcelo Ferraz/G1)
 

Segundo Paulo, os dois encontraram um local para esconder o corpo e, com o auxílio de uma pá e uma picareta, enterraram Maiana e queimaram a bolsa da adolescente. A moto de Maiana, ainda de acordo com o réu, foi levada por Carlos Alexandre para a casa dele.

 

Questionado pela magistrada sobre um cheque recebido de Rogério, Paulo alegou que o dinheiro foi pago após serviços de pedreiro prestado por ele na casa da mãe do empresário.

 

O crime


Segundo a denúncia feita pelo Ministério Público Estadual, no dia do homicídio, o empresário teria mandado Maiana descontar um cheque de R$ 500 e levar o dinheiro para um chacareiro. Ela foi ao banco com uma motocicleta que tinha ganhado do empresário e, depois, se dirigiu à chácara.

 

De acordo com o Ministério Público, a jovem foi morta na chácara e teve o corpo colocado dentro de um carro de passeio e, em seguida, deixado na região da Ponte de Ferro.

 

Os restos mortais da adolescente foram encontrados no dia 25 de maio de 2012. Maiana e Rogério mantiveram um relacionamento extraconjugal por aproximadamente um ano e estavam vivendo juntos havia cinco meses, em regime de união estável, quando o assassinato foi cometido.

 

A ex-mulher de Rogério Amorim também foi denunciada pelo MPE como participante dos crimes, mas a Justiça considerou que não havia indícios da participação dela.

 

O corpo de Maiana foi localizado em maio de 2012, cinco meses depois do crime, e o sepultamento ocorreu sete meses após o desaparecimento e morte da adolescente, no Distrito do Coxipó do Ouro, em Cuiabá. Um dos acusados do crime foi quem indicou para a polícia o local onde o corpo havia sido enterrado

 

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