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Da Redação
Em nota emitida na tarde desta segunda-feira (16) a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) informou que identificou e isolou o detento que mandou matar as irmãs Rayane (25) e Rithiele Alves Porto (28), na madrugada do último sábado (14), em Porto Esperidião (a 323km de Cuiabá).
O criminoso, que não teve a identidade revelada, pertence à facção criminosa Comando Vermelho e cumpre pena na Penitenciária Central do Estado (PCE) em Cuiabá. Conforme investigado pela Polícia Civil, ele teria participado da videochamada com o grupo de faccionados durante a sessão do “Tribunal do Crime”, onde as vítimas acabaram torturadas e mortas a facadas.
Após a descoberta, a Sesp-MT informou que isolou o detento dos demais presos da PCE - possivelmente no “Raio 8” da unidade - ala de segurança e isolamento da unidade, destinada geralmente a presos de grande periculosidade, como Gilberto dos Anjos (33), o “Maníaco de Sorriso”; e Edgar Ricardo de Oliveira, que matou sete pessoas na “Chacina de Sinop” em fevereiro de 2023.
Além de manterem o preso isolado, a Secretaria instaurou ainda um Procedimento Administrativo para apurar o acesso do telefone celular utilizado pelo criminoso de dentro da Penitenciária Central.
O secretário de Segurança Pública, coronel PM César Roveri, destacou que o crime, assim como todos os atos de violência atribuídos às facções criminosas tem resposta firme e imediata, conforme as leis criminais brasileiras preveem.
“No caso específico das irmãs, uma força-tarefa mobilizou policiais civis e militares nas cidades de Cáceres e Porto Espiridião e prendeu 10 suspeitos em flagrante, entre eles quatro adolescentes. Há uma ação enérgica integrada da Polícia Civil e Polícia Militar dando a resposta necessária do Estado”, ressaltou o secretário.
(Foto: Reprodução/Redes Sociais)

Vítimas foram mortas por fazerem o "sinal de 3" em fotografia publicada nas redes.
O CRIME
Segundo as investigações, Rayane e Rithiele teriam sido sentenciadas e mortas pelo grupo de faccionados pelo fato de, dias antes, publicarem em uma rede social, uma foto com outros dois amigos fazendo o chamado “sinal de três” – que seria uma alusão a uma facção criminosa rival dos autores do crime, o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Conforme o boletim de ocorrência, as duas irmãs deixavam o Festival de Pesca do município com outros dois amigos quando foram abordados por nove faccionados. O bando então conduziu as vítimas até uma casa localizada na rua Marechal Cândido Rondon, na área central do município, onde deram início à sessão de tortura.
Em dado momento das agressões, um dos rapazes conseguiu fugir pulando o muro de residências até chegar à unidade da Polícia Militar no município. Aos agentes, ele relatou o sequestro pela quadrilha e a tortura de seus amigos, contando ainda que os bandidos teriam agredido eles por tirarem a foto com o “sinal de 3”, na beira do Rio Jauru.
Os policiais então foram até o endereço indicado pelo rapaz, onde encontraram o amigo da vítima caído no chão, ensanguentado. Ele teve dedo mínimo e a orelha esquerda arrancados pelos faccionados além de um ferimento de arma branca na nuca. Tanto ele quanto a testemunha que conseguiu escapar foram encaminhados para uma unidade de saúde e não correm risco de morte.
Já na cozinha da casa, os PMs encontram os dedos e parte dos cabelos de Rayane e Rithiele, que tiveram suas cabeças raspadas antes de serem executadas com vários golpes de faca. Os corpos das duas foram encontrados jogados em um quarto mais ao fundo da residência. Além de terem os dedos arrancados e cabelos cortados, os cadáveres apresentavam outros sinais de tortura.
Segundo a Sesp-MT, até o momento, 12 suspeitos envolvidos de forma direta e indireta no crime foram identificados e capturados.
A Polícia Civil segue investigando o caso.
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