Elloise Guedes
Única News
O Exército Brasileiro irá suspender, de forma preventiva e temporariamente, os certificados de registros dos atiradores desportivos envolvidos na morte da adolescente Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos. Os documentos poderão ser cassados, após o resultado das investigações.
A menor morreu com um tiro na cabeça, na residência de Marcelo Cestari e Gaby Soares, pais de B.O.C., responsável pelo disparo.
O Exército explicou que, como medida preventiva, o SFPC/13ª realizará a suspensão temporária dos certificados de registros dos atiradores desportivos envolvidos assim que receber a autorização do SFPC da 9ª Região Militar.
Os pais de B.O.C., Marcelo e Gaby, assim como o sogro dela, Glauco Fernando Mesquita Corrêa da Costa, são todos atiradores esportivos.
O Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados (SFPC), da 13ª Brigada de Infantaria Motorizada do Exército, informou que está subsidiando a Polícia Civil com todas as informações pertinentes aos atiradores desportivos envolvidos na investigação.
“Após o resultado do inquérito policial instaurado pela Polícia Civil, este Comando de Brigada tomará as providências cabíveis no tocante aos atiradores desportivos envolvidos, podendo até mesmo, solicitar a cassação dos certificados de registros (CR) para as atividades de Tiro Desportivo”, diz trecho da nota.
Relembre o caso:
Isabele Guimarães de 14 anos foi encontrada sem vida no banheiro da casa da amiga, no domingo (12), por volta das 22h30. Ela foi atingida com um tiro acidental na cabeça pela amiga, B.O.C., também de 14 anos, no condomínio Alphaville I.
Na casa da acusada, foram encontradas outras sete armas que pertenceriam ao pai dela, o empresário Marcelo Cestari. Ele é atirador esportivo e a menina também praticava o “esporte”. A arma usada no acidente foi uma pistola PT 380. Logo após o disparo, uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionada e constatou a morte da vítima.
A Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), também esteve no local. A menor era filha do médico neurocirurgião Jony Soares Ramos, que morreu aos 49 anos, ao atropelar uma vaca na MT-251. O acidente aconteceu em 2018.
Cestari foi preso no mesmo dia, mas pagou fiança de um salário mínimo, R$ 1.045, e foi liberado. A justiça arbitrou nova fiança, na semana passada, de 200 salários mínimos, no entanto, uma nova decisão reconheceu que houve coação e derrubou o valor.
A mãe de Isabele, em entrevista ao Fantástico, da Rede Globo, afirmou que sabia que a família praticava tiro esportivo, mas não sabia “que havia um arsenal na casa”. Além disso, ela não acredita na alegação de tiro acidental.
FAÇA PARTE DE NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS!