05 de Junho de 2025
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POLÍCIA Terça-feira, 03 de Junho de 2025, 10:09 - A | A

03 de Junho de 2025, 10h:09 - A | A

POLÍCIA / IGNOROU ORDEM DE FECHAMENTO

Clínica de depilação em Cuiabá é fechada pela terceira vez por funcionamento clandestino

A denúncia do funcionamento clandestino partiu dos próprios clientes. Um deles relatou ter sofrido queimaduras durante um procedimento estético no novo endereço.

Letícia Corrêa
Única News



A Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon) e a Vigilância Sanitária de Cuiabá fecharam pela terceira vez, nessa segunda-feira (2), uma clínica de depilação a laser que operava de forma irregular na capital. A empresa, que integra uma franquia nacional e pertence a uma mesma proprietária, voltou a prestar atendimentos mesmo após duas interdições anteriores — descumprindo, novamente, ordens da autoridade sanitária.

Depois de ter a unidade - localizada na Avenida Isaac Póvoas - interditada pela segunda vez na sexta-feira (30), como já noticiado pelo Única News, a empresária recolheu os equipamentos e se instalou às pressas na sala de um prédio que abriga diversas clínicas médicas no bairro Jardim Cuiabá. O novo espaço também funcionava sem alvará da Vigilância Sanitária e sem condições técnicas adequadas.

A denúncia do funcionamento clandestino partiu dos próprios clientes. Um deles relatou ter sofrido queimaduras durante um procedimento estético no novo endereço.

Segundo o delegado Rogério Ferreira, titular da Decon, a responsável pela empresa será novamente indiciada por crime de desobediência. “Caso ela insista em continuar atuando sem autorização, poderá ser presa e ter a proibição judicial para exercer qualquer atividade relacionada à área da estética”, afirmou.

Histórico de irregularidades

A primeira interdição da clínica aconteceu no dia 12 de maio, após a Secretaria de Estado de Saúde (SES) relatar que uma paciente teria desenvolvido um quadro infeccioso após ser atendida no local. Durante fiscalização, a Vigilância Sanitária encontrou diversas irregularidades: ambiente sem condições mínimas de higiene, ausência de profissional técnico responsável, medicamentos vencidos (incluindo botox) e falta de alvará sanitário atualizado.

Apesar da interdição, a proprietária violou os lacres de fechamento e retomou as atividades por conta própria, o que motivou a segunda ação dos fiscais, na última sexta-feira. Na ocasião, foram encontrados materiais infectantes, caixa de perfurocortantes e um paciente aguardando atendimento, indícios de que a clínica seguia funcionando normalmente.

Agora, com a reincidência em novo endereço, a empresária pode ser alvo de medidas judiciais mais severas, incluindo o encerramento definitivo da atividade e responsabilização penal.

A Decon orienta que consumidores que tenham sido atendidos pela clínica denunciem eventuais complicações ou situações irregulares às autoridades competentes.

 
 

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