Claryssa Amorim
(Foto: Divulgação)

A dentista Cristiane Rossi Gentelin, que fez um procedimento bucal na gerente de loja, Jucilene de França de 31 anos, e morreu em seguida, foi condenada a 1 anos e 4 meses de prisão pelo crime de homicídio culposo. A decisão foi do juiz Abel Balbino Guimarães, titular da 4ª Vara Criminal de Várzea Grande, no dia 28 de setembro.
Na decisão consta que a dentista não vai precisar pagar danos materiais à família da vítima e deve cumprir a pena em regime aberto.
No consultório particular, Centro Odontológico do Povo (COP), em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá), Cristiane extraiu o siso da gerente no dia 4 de julho de 2015, que morreu quatro dias depois na Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá.
De acordo com o laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), Jucilene morreu por choque séptico em consequência de uma infecção após a cirurgia de extração de dente.
Conforme relatos do marido da vítima para o juíz, Célio Leite Magalhães, a gerente teria procurado a clínica já no dia seguinte da extração, pois estava inchado e sentindo dor.
Célio disse ao juiz que ao chegarem na clínica, a dentista informou que era normal o procedimento, "ela ficou desesperada, pois já não conseguia mais falar".
Ao proferir a sentença, o magistrado relatou que a dentista deicou de receitar antibiótico a cliente, diante de um quadro de dor e inchaço. Para ele, a dentista foi negligente ao não atender a Jucilene quando foi ao consultório para procurar a Cistiane, que ainda declarou que estava normal.
“Somente após três dias da extração do dente da vítima, quando ela retornou ao consultório odontológico novamente, pois sentia muita dor é que a ré receitou antibiótico, no entanto, o quadro infeccioso já estava instalado conforme exames médicos”, afirmou o juiz.
O magistrado continuou analisando que além de negligente, ela foi imperita sem obedecer a regra técnica da profissão odontológica, já que quando atendeu a vítima, mesmo que não se queixasse de dores, a exigência de exame e indicação de remédios é o que a jurisprudência médico/odontológica exige nessas circunstâncias.
O caso
A gerente de lojas começou a ter febre, sentir dores, inchaço e secreções, após a extração do dente. Alémd e tudo, um edema surgiu em seu pescoço, quando a família decidiu procurar a clínica no dia 6 de julho.
A família alega que Jucilene foi "deixada de lado" pela clínica. Ela piorou e já em uma segunda vez, a família voltou a clínica, no dia 8 de julho, que continuou a não auxiliar a gerente.
Ela foi levada para um pronto atendimento particular na Capital, que precisou ser internada na Santa Casa, onde morreu a noite, por volta das 23h.
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