Marcella Magalhães
Única News
O fazendeiro Benedito Nédio Nunes Rondon se apresentou nesta segunda-feira (18) à polícia após passar duas semanas foragido. Rondon aparece em um vídeo abraçado com uma onça-pintada já morta, com um tiro na cabeça, e a arma supostamente dele, em cima dela, no município de Poconé (104 km de Cuiabá), região do Pantanal de Mato Grosso.
O suspeito compareceu na Delegacia de Poconé, junto com o advogado. Ele tinha uma prisão preventiva expedida desde o dia 1º deste mês e conforme o delegado Maurício Maciel Pereira, as investigações devem ser concluídas em 10 dias.
De acordo com seu advogado, ele aguarda a audiência de custódia e disse que vai solicitar a revogação da prisão preventiva.
Em um vídeo que circula nas redes sociais desde o começo deste mês, mostra o suspeito ao lado da onça morta, com uma pistola em cima do corpo do animal e ele deitado debaixo dela.
Durante a filmagem, o suspeito confessa o crime e diz que matou a onça e ainda fala que “não valia nada” e que se fosse uma fêmea aproveitaria para ter relações sexuais com o animal.
Conforme a Polícia Civil, o suspeito teria outras armas de fogo, além de couro, patas e outros materiais decorrentes de caça ilegal de animais silvestres na casa e em sua fazenda.
A defesa do fazendeiro contestou a informação e também negou que ele seja caçador e responsável pela morte da onça.
O delegado Pereira Júnior representou, com pedido de urgência, os mandados de prisão preventiva e busca e apreensão contra o suspeito pelos crimes ambientais por matar animal silvestre, guardar produtos oriundos de animal silvestre, posse e porte ilegal de arma de fogo.
Durante as investigações, logo após conseguir identificar o fazendeiro, os policiais conseguiram a localização da propriedade do homem pelo Cadastro Ambiental Rural (CAR). Uma equipe da Polícia Militar de proteção ambiental esteve no local para tentar localizar o suspeito e materiais usados na caça, mas não conseguiram.
Os policiais encontraram apenas uma espingarda com uma munição intacta, em um curral próximo da sede da propriedade. A arma foi apreendida e encaminhada para a Delegacia de Poconé, como material das investigações do caso.
Já o animal morto foi identificada como a onça-pintada “Queixada”, um jovem macho que era monitorado. Segundo a ONG Jaguar Identification Project, a onça foi avistada pela primeira vez no Pantanal em novembro de 2021.
FAÇA PARTE DE NOSSO GRUPO NO WHATSAPP E RECEBA DIARIAMENTE NOSSAS NOTÍCIAS!