09 de Julho de 2025
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POLÍCIA Quarta-feira, 09 de Julho de 2025, 15:35 - A | A

09 de Julho de 2025, 15h:35 - A | A

POLÍCIA / ESTADO É GRAVE

Irmã de adolescente morta por namorado médico é atacada com golpes de enxada aos 8 meses de gravidez

O agressor, identificado pelas iniciais A.L.S.O, de 24 anos, é cunhado do irmão de Bruno Felisberto

Christinny dos Santos
Única News



Kanake Gabrieli de Souza, de 22 anos, foi atacada a golpes de enxada na madrugada do último domingo (06), no município de Guarantã do Norte. A jovem, que estaria gestante de oito meses, é irmã de Ketlhyn Vitória de Souzaadolescente de apenas 15 anos que foi morta pelo namorado, o médico Bruno Felisberto do Nascimento Tomiello, de 29.

O agressor, identificado pelas iniciais A.L.S.O., de 24 anos, ainda seria cunhado do irmão de Bruno Felisberto.

Conforme o registro de ocorrência, mesmo sendo agredida, Kanake conseguiu entrar em contato com uma amiga, que ao atender o telefone ouviu apenas os gritos de socorro. A testemunha foi até a casa da vítima e, ainda ouvindo gritos, subiu o muro da residência e viu A.L.S.O. golpeando a jovem com uma enxada.

A amiga de Kanake conseguiu chamar a polícia e acionou também o Corpo de Bombeiros, que encaminhou a gestante para uma unidade de saúde. Inconsciente e em estado grave, ela precisou ser intubada. Foram registrados hematomas em seu rosto, abdômen e um de seus braços foi fraturado.

O criminoso conseguiu fugir do local. Mas, ainda conforme registro, um policial militar que voltava para casa viu o um homem com as roupas sujas de sangue na rua e contatou a corporação para saber se havia ocorrência em andamento. Informado de que o bandido que agrediu Kanake havia fugido, ele capturou A.L.S.O., que estava a cerca de 600 metros da residência onde cometeu o crime.

O caso é investigado pela Polícia Civil, que apura a motivação do crime.

Caso Ketlhyn

A adolescente foi morta no dia 2 de maio deste ano, no município de Guarantã do Norte. Bruno dirigia pelas ruas da cidade quando colocou a Ketlhyn em seu colo, permitindo que ela conduzisse o veículo, enquanto ele exibia uma arma. Enquanto trafegava pela Avenida Guarantã, o médico puxou o gatilho, disparando o tiro que atingiu a nuca e matou a adolescente. Os dois estavam alcoolizados. Ele levou a adolescente até o hospital e fugiu assim que soube que ela não havia sobrevivido. Posteriormente, ele se entregou à polícia.

O inquérito policial foi concluído no dia 16 de maio e Bruno foi indiciado por sete crimes, sendo: feminicídio com dolo eventual — quando se assume o risco de matar —, porte ilegal de arma, disparo de arma de fogo, fornecer a adolescentes bebida alcoólica para menor, dirigir sob efeito de álcool, entregar veículo automotor a pessoa não habilitada e depredar patrimônio público.

O laudo de reprodução simulada emitido pela Politec apontou que o disparo efetuado por Bruno foi involuntário, que acontece por ação daquele que manuseia a arma, ainda que este não tenha intenção efetiva de atirar. Segundo o delegado que conduziu a investigações, Waner dos Santos, isto aponta que embora o médico não tenha tido a intenção de matar a namorada, ele quis atirar - foi iniciativa própria.

“Depois ele já afirma que disparou e disse que foi, no linguajar dele, um tiro acidental, mas a gente sabe que não, que ele puxou efetivamente o gatilho e queria atirar. Ele poderia não querer acertar ela, mas ele queria atirar. Então, no nosso entender de polícia judiciária, nós entendemos que ele assumiu o risco de matar a vítima e por isso ele vai responder, além dos outros seis crimes, por feminicídio”, afirmou o delegado.

 

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