Cuiabá, 26 de Abril de 2024

POLÍCIA Terça-feira, 26 de Janeiro de 2021, 11:23 - A | A

26 de Janeiro de 2021, 11h:23 - A | A

POLÍCIA / EM SOCIOEDUCATIVO

Isolamento de 07 dias acaba e adolescente que matou Isabele passa a conviver com outras infratoras

Elloise Guedes
Única News



A adolescente B.O.C., de 15 anos condenada por atirar e matar a amiga Isabele Ramos, de 14 anos, saiu do isolamento de sete dias no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Cuiabá. A partir desta terça-feira (26), a menor infratora passará a conviver com outras meninas na unidade.

A adolescente foi apreendida há uma semana. Ela foi condenada a pena máxima de 3 anos de reclusão, podendo ser revista e atualizada a cada seis meses, em regime socioeducativo.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (Sesp), por precaução e cumprimento das medidas de prevenção a Covid-19, a menor passou os sete dias em um quarto de isolamento.

Agora, a adolescente dormirá sozinha em um quarto e cumprirá atividades de rotina no local, assim como as demais infratoras. A Sesp explicou que as visitas presenciais estão temporariamente suspensas, de forma preventiva, em função do aumento de casos externos de coronavírus, mas que há possibilidade de agendamento de visitas online.

B.O.C. foi internada no centro socioeducativo Menina Moça, anexo ao Complexo Pomeri, na última terça-feira (19), por ordem da juíza da 2ª Vara da Infância e Juventude, Cristiane Padim.

B. se entregou na companhia dos pais à Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) na noite do mesmo dia.

Na última sexta-feira (22), o desembargador Juvenal Pereira, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), negou liminar que pedia a soltura da menor.

De acordo com a defesa da família Cestari, ainda não há previsão para julgamento do mérito. Em nota anterior, o advogado de B., Artur Osti, considerou a decisão de internar a adolescente um “julgamento antecipado” e confirmou o pedido de soltura.

O caso

Isabele foi morta na noite de 12 de julho, na casa da amiga B.O.C., hoje com 15 anos, com um tiro que transfixou sua cabeça, entrando pelo nariz e saindo na nuca. A menina tinha passado o dia todo na casa da família Cestari, com a amiga, os pais dela e seus irmãos e os namorados de duas delas. Isabele morreu por volta das 22h.

B. alegou tiro acidental. Disse que tinha ido atrás de Isabele em um banheiro, com um case contendo duas armas nas mãos. Esse case teria caído e, ao se levantar, perdeu o equilíbrio e atirou sem querer na amiga. No entanto, a Polícia Civil descartou essa versão e a menina vai responder por crime análogo à homicídio doloso – quando há intenção de matar.

Além do enquadramento de B.O.C. em crime análogo a homicídio doloso, também foram incriminados: os pais dela, Marcelo Cestari e Gaby Soares, por homicídio culposo, entrega de arma de fogo a menor de idade, fraude processual e corrupção de menores; o sogro dela, Glauco Correa da Costa, por omissão de cautela na guarda de arma de fogo; e o ex-namorado dela, o menor G.C.C., por ato infracional análogo ao porte ilegal de arma de fogo, porque transitou armado, sem autorização.

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