Ari Miranda
Única News
Um homem identificado como Gustavo Amorim da Silva Santos (27), foi condenado pela juíza da 1ª Vara Criminal de Tangará da Serra (242 Km de Cuiabá), Edna Ederli Coutinho, a 24 anos de prisão, nesta terça-feira (13), pelo crime de feminicídio. O acusado foi a júri popular após quase 1 ano e três meses do crime, ocorrido em agosto do ano passado, onde ele matou por asfixia a esposa, Cristiane Conceição da Silva, de 21 anos.
Segundo os autos, o homicídio foi cometido friamente pelo acusado na frente da filha da vítima, uma criança de apenas 4 anos.
Durante a audiência, três testemunhas do caso foram ouvidas, sendo uma delas a irmã da vítima e duas vizinhas da residência onde o casal morava. O réu, por sua vez, permaneceu calado durante todo o julgamento.
Nos depoimentos, as testemunhas contaram que Gustavo tentou se livrar da culpa pelo crime, afirmando aos familiares e vizinhos que Cristiane tinha caído e batido a cabeça.
Na denúncia do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), ficou destacado que o crime teria acontecido na frente da filha do casal, que na época tinha 4 anos de idade e hoje está sob os cuidados da avó materna.
Ainda segundo o MP, Gustavo e Cristiane tinham um relacionamento de 5 anos e o acusado teria matado a esposa por asfixia, sufocando a esposa com as próprias mãos por esganadura - lesões que foram descritas no laudo de necropsia.
Na audiência, foi esclarecido ainda que a motivação do crime teria sido uma briga do casal na noite de 16 de agosto de 2022, na residência onde moravam, no Bairro Jardim Tangará II.
Reprodução/Arquivo pessoal
A vítima, Cristiane Conceição da Silva.
Os ataques contra a mulher foram intensificados após o acusado derrubar a esposa no chão, provocando uma lesão na cabeça e, em seguida, apertando a mulher pelo pescoço até a morte.
Cristiane foi socorrida por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e levada até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Tangará da Serra. Contudo, segundo a equipe médica que a atendeu, a mulher já chegou sem vida na unidade.
Segundo a Polícia Civil, a ambulância do SAMU foi acionada pelo próprio marido que, na tentativa de se eximir da culpa pelo crime, registrou um boletim de ocorrência, onde contou que a esposa tinha morrido por parada cardiorrespiratória. Contudo, a versão caiu por terra pós laudo de necropsia feito pela Perícia Oficial (Politec).
Segundo os legistas, Cristiane tinha lesões na traqueia (hemorragia interna), marcas de mão no pescoço, lesão na região do pulmão e marcas de mão pressionando os lábios dela contra os dentes.
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